Jovens e museus de ciências: atuar como mediador no Museu da Vida pode influenciar sua formação pessoal e profissional?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Elysio, Mariana de Souza
Orientador(a): Massarani, Luisa Medeiros
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37292
Resumo: Neste estudo, abordamos em que medida a atuação de jovens como mediadores em museus de ciências pode influenciar - ou não - em sua formação pessoal e profissional. Escolhemos como estudo de caso o Museu da Vida, um museu de ciências interativo localizado no Rio de Janeiro e vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Neste espaço, jovens atuam como mediadores nas exposições e atividades, nos equipamentos e experimentos, durante a visita feita por diversos públicos. Foi realizada uma enquete online com mediadores que já atuaram ou ainda atuam no Museu da Vida e que iniciaram sua trajetória no museu há 10 anos ou mais, ou seja, entre os anos de 1999, quando o museu foi criado, e 2008. Solicitamos que os participantes do estudo respondessem questões sobre aspectos pessoais, sua experiência com mediação e sua visão sobre em que medida atuar como mediador teve \2013 ou não \2013 impacto em sua vida pessoal e profissional. Foram obtidas 63 respostas à enquete online Do total, 55% dos participantes do estudo afirmaram ter continuado sua formação acadêmica durante ou após terem atuado como mediador, por exemplo, concluindo a graduação e/ou um curso de pós-graduação. Um pouco menos da metade dos respondentes (45%) declarou ter mudado a carreira após atuar como mediador, optando por áreas ligadas a educação não formal ou formal, e 97% afirmaram que atuar como mediador mudou diferentes aspectos de suas vidas, atribuindo-lhes mais confiança e autoestima tanto no ponto de vista profissional como pessoal. No que diz respeito as concepções científicas, os participantes afirmaram que ampliaram sua visão sobre o que é ciência e desmistificaram conceitos científicos obtidos ao longo de sua trajetória. Atuar com mediação possibilitou ampliar as perspectivas profissionais dos mediadores, além de influenciar nas concepções científicas e na formação pessoal dos mediadores.