Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Reis, Sabrina Alves dos |
Orientador(a): |
Lara, Flávio Alves,
Pessolani, Maria Cristina Vidal |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/19336
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Resumo: |
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que afeta principalmente a pele e nervos periféricos devido a predileção do agente causador, o patógeno intracelular obrigatório Mycobacterium leprae, por macrófagos e células de Schwann. Descrever as possíveis interações entre adipócitos e M. leprae nos permite identificar um sítio potencial de infecção e persistência da micobactéria ainda não investigado, revelando assim um papel importante e até então desconhecido do tecido adiposo sobre a patologia da hanseníase. No presente estudo, fibroblastos murinos da linhagem 3T3-L1 diferenciados a adipócitos foram utilizados como modelo experimental in vitro para descrever a modulação lipídica de adipócitos infectados e investigar a modulação imune detas células em resposta à infecção. Fragmentos de tecido adiposo subcutâneo de pacientes multibacilares foram processados para detecção do bacilo e investigação da mobilização das gotículas lipídicas por microscopia confocal. Os soros dos pacientes e os sobrenadantes celulares foram utilizados para análise de adipocinas pela tecnologia Luminex. Os resultados demonstraram mobilização lipídica em adipócitos infectados 24 horas pelo M. leprae in vitro. Exames histopatológicos evidenciaram a presença da micobactéria no tecido adiposo subcutâneo de pacientes multibacilares, indicando que o tecido é um alvo de infecção in vivo. Além disso, foram observados diferentes níveis de produção de adipocinas entre as formas clínicas da doença, no entanto, as adipocinas não foram detectadas no modelo celular. Este trabalho sugere que o tecido adiposo pode atuar como um sítio de infecção pelo M. leprae até então desconhecido, e contribui para descrições sobre a complexa regulação imune que ocorre na doença |