Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Michelle dos Santos |
Orientador(a): |
Lemos, Elba Regina Sampaio de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16713
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Resumo: |
O contínuo processo de urbanização e o avanço humano sobre as áreas florestais têm provocado mudanças nos habitats naturais, possibilitando, consequentemente, o contato de populações humanas com endozootias e epizootias, antes restritas ao ciclo silvestre. Os quirópteros têm chamado a atenção da comunidade científica nos últimos tempos por serem hospedeiros importantes para doenças humanas emergentes. Embora o número de proteobactérias dos gêneros Rickettsia, Bartonella, Coxiella, Eh rlpicuhbialic ea çAõneasp lsaosbmrae (Rickettsias lato sensu) em animais vertebrados e invertebrados venha aumentando nos últimos 20 anos, no Brasil, o papel dos quirópteros no ciclo natural destes agentes é desconhecido. Com o objetivo de analisar a participação dos quirópteros na epidemiologia das doenças causadas por rickettsias no Brasil, um estudo epidemiológico descritivo foi desenvolvido em três diferentes regiões do território brasileiro. Análises moleculares foram realizadas em amostras de baço de morcegos coletados na localidade do Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina no período de 2014-2015. Um total de 119 animais foi capturado e submetido à reação de PCR utilizando oligonucleotídeos para agentes específicos de cada agente estudado. O DNA de Rickettsia spp., Ehrlichia e Anaplasma não foi amplificado em nenhuma das amostras testadas Quatro amostras (3,4%) foram positivas para o gene htpAB de Coxiella burnetii. O resultado do sequenciamento destas amostras revelou 100% de identidade com sequências do gene homólogo completo de C. burnetii depositadas no GenBank. Vinte e duas amostras (18,5%) foram positivas para Bartonella spp. A análise filogenética revelou a formação de três clados independentes, sugerindo tratar-se de novas espécies. A sequência obtida do morcego Phyllostomus discolor capturado no Estado da Bahia apresentou relação com a sequência de Bartonella doshiae, anteriormente descrita associada a roedores silvestres. Ectoparasitas foram coletados dos morcegos coletados no estado do Rio de Janeiro e foram classificados como ácaros do gênero Periglischrus e dípteros do gênero Trichobius e Strebla. Este é o primeiro estudo no Brasil que relata a infecção por C. burnetii e Bartonella spp. em quirópteros. Estudos futuros são necessários para determinar o papel dos morcegos e seus ectoparasitas na ecologia destes patógenos, bem como a influência que essa relação patógeno-hospedeiro pode ter sobre a saúde humana e animal |