Avaliação microbiológica e morfológica do resíduo gerado pelo microagulhamento, antes e depois do protocolo de desinfecção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rogéri, Luana Nicolau lattes
Orientador(a): Stülp, Simone lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGSAS;Sistemas Ambientais Sustentáveis
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/3154
Resumo: Essa busca incessante pela beleza aumenta a procura por procedimentos na área da estética, e o com a finalidade de rejuvenescimento tissular, o microagulhamento vem ganhando destaque nesta área. Junto com esse fenômeno, é normal um crescimento no que se diz respeito a geração de resíduos, e segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), 36% dos resíduos gerados são destinados ao descarte sem nenhum tratamento prévio, demonstrando sérios riscos à saúde pública, aos trabalhadores, ao meio ambiente, e ainda, violando as normas existentes. Neste sentido, o presente trabalho teve os seguintes objetivos: avaliar a contaminação microbiológica do resíduo gerado pela técnica de microagulhamento, investigar a efetividade de um protocolo de desinfecção no que diz respeito à contaminação microbiológica, e também, analisar os possíveis danos estruturais no dispositivo de microagulhamento advindos de sua utilização clínica e de protocolos de desinfecção. Utilizou-se como amostra para tal investigação onze resíduos de equipamentos de microagulhamento que foram coletados imediatamente após seu uso clínico, e antes de seu descarte em lixo infectado perfurocortante. Para a análise microbiológica do resíduo utilizou- se placas de petri com os meios de cultura Ágar-sangue e MacConkey, tais resíduos foram divididos em 2 grupos, o grupo S/I que não sofreu nenhuma intervenção de desinfecção e o I que foi submetido ao procedimento operacional padrão de desinfecção. Foi realizado a análise por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) para investigar possíveis danos no equipamento após seu uso e sua submissão às intervenções de desinfecção, sendo que, elaborou- se quatro grupos para efeito de comparação : grupo controle (C), composto por equipamento sem nenhuma manipulação; grupo sem intervenção de desinfecção (S/I), que teve apenas contato com a pele do paciente; aparelho submetido ao procedimento operacional de desinfecção (I) após ter tido contato com a pele do paciente; e grupo (A), dispositivo de microagulhamento submetido ao autoclave após ter tido contato com a pele do paciente e passado pelo procedimento operacional de desinfecção. Os resultados mostraram que a técnica de microagulhamento gera rejeito com potencial infectante relevante, uma vez que a cultura microbiológica apontou a presença de Staphylococcus epidermidis no equipamento após sua utilização com finalidade de tratamento estético facial. Além do mais, pode-se evidenciar que o protocolo de desinfecção proposto foi efetivo neste modelo experimental, promovendo dano mínimo ao dispositivo, quando comparado com a autoclave.