Comunidade Remanescente de Quilombo Ilha de São Vicente/Tocantins: história de lutas, conquistas e conflitos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Cristina De Sousa Fonseca lattes
Orientador(a): Laroque, Luís Fernando da Silva lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/2534
Resumo: Esta pesquisa voltou-se à Comunidade Remanescente de Quilombo Ilha de São Vicente, do Município de Araguatins, extremo norte do estado do Tocantins localizada no rio Araguaia, na fronteira entre os estados brasileiros do Tocantins e do Pará. O presente estudo visou compreender o processo de apropriação histórica do espaço territorial da Ilha de São Vicente, realizado pela comunidade remanescente quilombola e pela população não quilombola na ilha, bem como a geração de conflitos, a partir dos anos 2000, considerando as práticas econômicas, culturais, sociais e políticas. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, cujos procedimentos metodológicos constituíram-se de revisão bibliográfica em livros, artigos e dissertações de mestrado e teses de doutorado, e ainda, com base em levantamento e análise de fontes documentais. Recorreu-se também à pesquisa de campo, para a qual foram elaborados diários de campo, registros fotográficos e realização de entrevistas, com base em um roteiro de questões semiestruturadas. Com os resultados da pesquisa foi possível constatar que os escravizados da Família Barros deram origem à comunidade quilombola Ilha de São Vicente, a partir do final do século XIX, momento em que se estabelecerem na Ilha de São Vicente e passaram a atribuir valores e significados territoriais e culturais, os quais foram transmitidos e mantidos pelas atuais gerações. Vale ainda salientar, que alguns moradores de Araguatins apropriaram-se de áreas territoriais da Ilha de São Vicente, o que resultou em conflitos atuais entre quilombolas e não quilombolas. Tais conflitos resultaram em despejos, intensificando assim, os processos de lutas e a revitalização da identidade do grupo como remanescentes quilombolas, cujo desejo consiste em reaver parte do espaço territorial que lhes foi tomado e a regularização legal do mesmo.