Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Clímaco, Veríssima Dilma Nunes
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Orientador(a): |
Laroque, Luís Fernando da Silva
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Banca de defesa: |
Machado, Neli Teresinha Galarce,
Magalhães, Magna Lima,
Carvalho, Herli De Sousa |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/3443
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Resumo: |
A tese aborda o processo de constituição identitária e territorial da Comunidade remanescente de quilombos Carrapiché, localizada na microrregião Bico do Papagaio, região norte do estado do Tocantins, tendo em vista que essas comunidades ao longo do século XX foram identificadas como comunidades negras rurais e somente a partir da Constituição de 1988, iniciam um processo de ressignificação identitária firmado na sua origem e cultura, pois essas comunidades negras rurais são uma extensão dos quilombos do século XIX. Nesse sentido, é tratado as dinâmicas governamentais de territorialização das comunidades remanescentes de quilombo na microrregião em estudo e as intervenções no processo de identificação quilombola da Comunidade Carrapiché, a partir das suas transições identitárias e relações socioambientais. A questão que orienta o problema de pesquisa é: Como se constitui a territorialidade na Comunidade Remanescente de Quilombos Carrapiché, localizada na microrregião Bico do Papagaio - TO, considerando a sua historicidade, traços culturais e relações socioambientais? Assim, a tese proposta é que esta comunidade tem sua territorialidade constituída por meio de sua historicidade (negros, quilombolas, nordestinos, extrativistas, pescadores) que foi ressignificada e de práticas socioambientais (o manuseio da terra, ocupação do território, o uso de ervas na alimentação e cura de enfermidades, o respeito aos ciclos de renovação da terra, a proximidade e identificação com o ambiente biofísico) atendendo as características do bioma Amazônia, dos ecossistemas e também das manifestações simbólicas (festividades religiosas como a do Divino Espírito Santo e a dança da Sussa). Para tanto, o trabalho tem como objetivo central investigar a história, os aspectos socioambientais e o modo como os Carrapichés legitimam seu território na microrregião Bico do Papagaio – TO. É uma pesquisa qualitativa, os procedimentos metodológicos usados foram incursões etnográficas na comunidade quilombola tendo como amostragem 13 interlocutores e as técnicas dos registros de dados consistiram em rodas de conversas, registros em diários de campo e entrevistas semiestruturadas utilizando como base a história oral As fontes bibliográficas constituíram-se de livros, artigos, dissertações e teses e as fontes documentais, foram decretos, instruções normativas e leis, este conjunto de dados foram analisadas com base em teóricos que discutem sobre território e territorialidade, cultura e identidade e sustentabilidade ambiental. Os resultados obtidos revelaram que os Carrapichés estão vivendo um processo de auto definição quilombola nos seus territórios físico, ambiental e simbólico, observado nas articulações sociais que estabelecem na comunidade e no seu entorno. Dessa feita, constatou-se que o modo de ser e viver dos Carrapichés junto ao rio, à terra, a manutenção das relações de parentesco, a produção de alimentos, caracterizam uma identidade de resistência que se externa também na luta pelos direitos assegurados constitucionalmente, priorizando as características ambientais como as marcas físicas do bioma, dos ecossistemas e simbólicas dos elementos culturais legados por seus antepassados. |