Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lobo, Marinete Moura Da Silva
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Orientador(a): |
Munhoz, Angélica Vier
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Banca de defesa: |
Laroque, Luís Fernando da Silva,
Hattge, Morgana Domênica,
Silva, Luciana Helena Da |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGEnsino;Ensino
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/3436
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Resumo: |
Esta pesquisa aborda a travessia do etnoconhecimento no currículo da escola indígena do povo Canela Ramkokamekrá da Aldeia Escalvado, localizada no município de Fernando Falcão-MA. Trata-se de uma investigação com abordagem qualitativa, de natureza aplicada, documental e de campo, sendo a observação in loco e a entrevista semiestruturada os principais instrumentos de produção de dados. Este estudo investigou o etnoconhecimento no currículo formal e suas contribuições para o ensino diferenciado, intercultural e bilíngue na escola do povo Canela Ramkokamekrá e, de forma pormenorizada, relacionou os conhecimentos tradicionais e os processos próprios de aprendizagem que, na percepção dos interlocutores da pesquisa, devem ser contemplados no currículo da escola indígena de sua comunidade. Os aportes teóricos da pesquisa aproximam-se da perspectiva crítica do currículo e incluem autores como Bourdieu e Passeron (2010), Althusser (2008), Michael Apple (2006) e Paulo Freire (2005). Em relação à especificidade indígena e à interculturalidade no currículo, algumas vozes apontaram os caminhos percorridos, dentre elas Grupioni (2006), Munduruku (2021), Baniwa (2006), Silva (2017a), Urquiza (2017), Soares e Canela (2018). Os achados da pesquisa foram obtidos através da Análise de Conteúdo de Bardin (2016) e permitiram inferir que o currículo da escola indígena lócus da pesquisa vai além de conteúdos a serem ensinados, e não se limita aos documentos curriculares oficializados pela cultura dominante. Esse currículo reflete diferentes concepções de mundo, agrega a história, a relação com os mais velhos, com a natureza e traduz toda a experiência indígena que, embora não sejam ensinados no espaço físico da escola, são ensinados na comunidade e vivenciados pelo alunado no seu dia a dia na aldeia. As conversas com os interlocutores e as experiências vivenciadas durante a pesquisa de campo revelaram, ainda, que a escola indígena é parte da comunidade e apontaram o repertório do etnoconhecimento para a composição de um documento curricular formal, no qual se inclui a arte, os costumes e o ciclo de rituais de formação do povo Canela Ramkokamekrá. |