Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bueno, Daiana Graciele
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Orientador(a): |
Schwertner, Suzana Feldens
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Banca de defesa: |
Quartieri, Marli Teresinha,
Vivian, Danise,
Ohlweiler, Mariane Inês |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGEnsino;Ensino
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/2876
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Resumo: |
Juventude, escola e internato: como podemos pensar essas instituições na contemporaneidade? Diante desse questionamento, o presente estudo tem por objetivo investigar quais as contribuições do regime de internato escolar para a formação inicial de jovens futuros professores. O delineamento teórico deste trabalho fundamenta-se em autores que têm contribuído para pensar sobre esses espaços, conhecidos como instituições totais, bem como sobre a juventude, as escolas e a formação inicial. Desse modo, são referidos aqui os escritos de Goffmann (2003), Foucault (2006), Dayrell (2007), Dubet (1997) e Nóvoa (2009). Esta dissertação buscou pensar sobre as contribuições e as aprendizagens que se desenvolvem no espaço de vivências coletivas de jovens (entre 14 e 18 anos) que frequentam o 3o ano do Ensino Médio e que estão vinculados em regime de internato escolar em uma escola pública de Curso Normal, situada no estado do Rio Grande do Sul. O delineamento metodológico desta investigação segue uma abordagem qualitativa, com aproximações ao estudo de caso. Os dados produzidos foram organizados por meio da técnica de grupo focal, visando possibilitar o encorajamento e a manifestação de diversos pontos de vista a partir da interação existente entre os sujeitos (GATTI, 2005). O tratamento dos dados foi realizado pelo método da análise textual discursiva, embasada em Moraes e Galiazzi (2011). De posse dos dados, foi possível elencar três unidades de análise: a) Vivendo o internato escolar: “querendo ou não aqui no internato nada é meu, é tudo nosso”; b) Família, Internato e Escola: as múltiplas relações; c) Juventude, escola Normal e formação inicial: “É que a gente veio para cá e a gente teve que crescer muito rápido”. Como resultados, evidenciou-se que esses jovens estudantes em regime de internato escolar enfrentam, inicialmente, muitas dificuldades frente às novas necessidades de adaptações (de rotinas, de tempo, de controle, de rigidez) e demais conflitos diários que surgem no ambiente escolar. Identificou-se, ainda, que apesar dessas dificuldades e adaptações iniciais, com o tempo os estudantes passam a encarar melhor o distanciamento e a saudade dos familiares, dos amigos e as restrições quanto à liberdade, acostumando-se com a nova rotina. Além disso, os sujeitos destacaram aprendizagens que o espaço coletivo proporciona por meio da convivência. Notaram-se as vinculações estabelecidas por eles, especialmente no que se refere à prática de auxílio mútuo. Os estudantes reconheceram que tais práticas contribuem para o processo de aprendizagem, além de influenciar o processo pedagógico de sua formação inicial.Cabe salientar a importância de considerar a construção dos vínculos afetivos significativos entre os estudantes que convivem diariamente e a de (re)pensar algumas práticas institucionais adotadas no ambiente, a fim de valorizar as amizades que são constituídas nesse espaço tão peculiar. |