Isolamento bioguiado de compostos com atividade antioxidante das folhas de Moringa oleífera
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2284 |
Resumo: | A espécie Moringa oleifera (Moringaceae) é uma planta que possui ampla aplicação industrial, alto valor nutricional e que, além disso, também exibe diversas atividades biológicas. Utilizadas na medicina popular, as folhas de M. oleifera já demonstraram possuir grande variedade de moléculas bioativas, inclusive compostos fenólicos, os quais são, possivelmente, os responsáveis pelo potencial antioxidante desta parte da planta. Apesar do crescente interesse sobre a espécie e, especificamente, sobre o seu potencial fitoquímico, são escassos os trabalhos que relatam o isolamento e a identificação dos compostos bioativos presentes nas suas folhas, principalmente em exemplares cultivados no Brasil. Sendo assim, os objetivos deste trabalho foram comparar dois métodos de extração de compostos bioativos e, na sequência, isolar bioguiadamente compostos com atividade antioxidante das folhas de M. oleifera coletadas no município de Itajaí (Santa Catarina, Brasil). O monitoramento bioguiado foi realizado com ensaios in vitro de determinação da atividade antioxidante: capacidade de redução do reagente Folin-Ciocalteau, FRAP, sequestro dos radicais DPPH e ABTS, além do ORAC. A técnica de CLAE-DAD foi utilizada para a caracterização química e acompanhamento das etapas do isolamento. A principal diferença prática entre os métodos de extração avaliados foi o preparo de um extrato hidroalcoólico inicial, no processo de extração 1. A partir dos resultados de determinação da atividade antioxidante, interpretados com o auxílio de ferramentas estatísticas (teste de Tukey e teste t pareado), foi possível perceber que o potencial das folhas de M. oleifera sofreu variações em função da forma de extração e dos solventes utilizados. Em geral, as frações produzidas a partir do processo de extração 1 apresentaram maior atividade antioxidante e perfis cromatográficos com sinais mais intensos. Com base nestes resultados, a fração obtida com acetato de etila, no processo de extração 1, foi selecionada para dar sequência ao isolamento bioguiado. A purificação desta fração em coluna aberta preenchida com sílica gel gerou 61 subfrações, as quais, após análise de CCD, foram agrupadas em 18. A avaliação da atividade antioxidante das subfrações agrupadas mostrou que cinco apresentavam grande potencial. Contudo, em função do rendimento, apenas três puderam dar sequência ao isolamento. Nesta etapa, uma análise adicional foi realizada: a determinação da atividade antioxidante por CLAE on-line com o ABTS•+, que permitiu definir quais dos compostos presentes nas três subfrações possuíam maior potencial e, por isso, seriam isolados. Desta forma, cinco compostos foram isolados pela técnica de CLAE semipreparativa, sendo que dois foram testados frente ao ensaio de sequestro do DPPH•. Os valores de EC50 obtidos, 30,34 e 38,72 μg/mL, estão próximos aos encontrados na literatura para substâncias isoladas de outras matrizes naturais. A técnica de RMN permitiu identificar um flavonol glicosilado. Os resultados deste trabalho mostraram que as folhas de M. oleifera coletadas em Itajaí são fonte de compostos fenólicos com potencial antioxidante e, por isso, promissoras para aplicação nas indústrias de cosméticos, alimentos e farmacêutica. |