Termografia: um recurso auxiliar no monitoramento da temperatura da pele irradiada
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30637 |
Resumo: | A radioterapia é uma das modalidades terapêuticas para o tratamento do câncer e a radiodermite é um de seus efeitos colaterais, com alta prevalência que impacta negativamente na qualidade de vida do paciente, podendo levar a limitação da dose terapêutica de radiação, atraso na conclusão ou até mesmo a suspensão do tratamento. Contudo, seu diagnóstico é ainda realizado por meio de escalas qualitativas. Estudos recentes têm demonstrado evidências de que a termografia poderia ser útil neste contexto, pois é uma tecnologia que vem sendo continuamente aprimorada. Embora a fisiopatologia da radiodermite seja conhecida, ainda são escassos os estudos que mostrem a resposta térmica ao tratamento radioterápico e façam o mapeamento da radiodermite (com sua respectiva graduação). Assim, o presente estudo teve objetivo de analisar a associação entre a temperatura da pele irradiada, a dose acumulada de radiação e o diagnóstico da radiodermite, por meio da termografia. Foi realizada uma pesquisa descritiva com 76 participantes com câncer (pele, cabeça ou pescoço), com registro termográfico imediatamente antes e após irradiação (tanto no lado comprometido como no contralateral). Para o diagnóstico da radiodermite foi utilizada a escala RTOG (Radiation Therapy Oncology Group), e as informações complementares registradas na anamnese foram: sexo, idade, comorbidades, tipo e equipamento utilizado no tratamento, dose (diária e total), área irradiada. Como principais resultados, em nossa amostra 70% dos participantes apresentaram algum grau de radiodermite e foram observadas diferenças significativas na temperatura da pele comparando os participantes sem radiodermite (32,88 oC) e com radiodermite (diferença térmica na temperatura média superior a 1,0oC, tanto para o Grau I como para o Grau II de radiodermite). Em relação ao diagnóstico, o momento ideal para se realizar a avaliação termográfica seria após receber a nova dose diária, onde também verificamos uma correlação moderada (0,474) entre a temperatura do lado comprometido depois da irradiação e a dose acumulada pré-irradiação. Nossos resultados demonstram que a radiodermite promove uma alteração na temperatura da pele, cuja análise termográfica é capaz de quantificar. Por fim, pode-se concluir que há associação entre a temperatura da pele, a dose de irradiação acumulada e o aparecimento da radiodermite. Com base nos resultados da presente pesquisa, fica a sugestão de estudos com amostras maiores, e assim, a exploração de novas metodologias com critério quantitativo para o diagnóstico da radiodermite em tempo hábil, cujo objetivo seja evitar a interrupção do tratamento radioterápico, o que pode reduzir as chances de cura do câncer. Podese concluir que há associação entre a temperatura da pele e o aparecimento da radiodermite. |