Termografia como método auxiliar na identificação de nódulos de tireoide

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sebastião, Crislayne Keretch lattes
Orientador(a): Ulbricht, Leandra lattes
Banca de defesa: Sassi, Laurindo Moacir lattes, Ulbricht, Leandra lattes, Ripka, Wagner Luis lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24984
Resumo: O câncer de tireoide é a neoplasia mais comum do sistema endócrino e a detecção da doença no estágio inicial aumenta as chances de sucesso do tratamento médico. A termografia tem apresentado resultados promissores na detecção de nódulos na tireoide, é um método indolor, não invasivo, que não utiliza radiação ionizante e não necessita de contato com o corpo do paciente. Essa pesquisa teve como objetivo analisar o comportamento térmico de nódulos da tireoide a partir da termografia estática. Foram avaliadas as imagens de 32 voluntários com nódulos maligno ou benigno na tireoide, confirmados através de ultrassom (US) e punção aspirativa por agulha fina (PAAF), em um Hospital escola especializado em câncer. As imagens foram coletadas em um ambiente com temperatura controlada de 22 °C. Foi utilizada a câmera Fluke Thermography, Modelo Ti32 para tomada das imagens. A primeira imagem foi adquirida antes do estresse ao frio na região do pescoço (resfriamento com uma bolsa em gel por 30 segundos), e após, foram adquiridas até completar o tempo de 10 minutos (um total de 27 imagens para cada paciente). A análise das imagens térmicas iniciou-se utilizando o Software Smart View 4.3, sendo escolhido a imagem de tempo três minutos após o estresse ao frio, pois representava o melhor momento de visualização dos nódulos. Foram analisadas tanto as áreas tumorais (P0) como a região adjacente (tecido saudável – PS). O Software R foi utilizado para realizar a extração da temperatura das regiões analisadas. Na análise descritiva da amostra verificou-se que houve predominância de pacientes do sexo feminino (28 mulheres e quatro homens) e a idade média das participantes foi de 55,22 ±11 anos. Antecedentes familiares relacionados à tireoide foram relatados por 14 voluntários (43,75%) e dentre as comorbidades citadas, a doença mais relatada foi hipertensão arterial sistêmica (31,25%) seguida por diabetes mellitus (18,75%). Quanto à análise das imagens, 14 voluntários não apresentaram categorização TIRADS (12) ou US (2), e dos 18 restantes (56,25%), o US apresentou 38,89% de acerto na correlação entre os diagnósticos do US e da PAAF, sendo que 11,11% foram resultados falsonegativos e 50% falso-positivos. Quanto às imagens térmicas, a média de temperatura dos nódulos benignos foi de 32,89 °C e nos malignos foi de 34,43 °C, com diferença de 1,54 °C (p= 0,096). A análise da temperatura mínima apresentou os melhores resultados, com diferença de 1,98 °C (p= 0,018) e praticamente não houve variação ao analisar a temperatura máxima (0,03 °C). Na análise tridimensional não foi possível distinguir os nódulos malignos dos benignos, no tempo de 3 minutos. O método apenas conseguiu distinguir a região com nódulo (maior concentração de pontos quentes) da região com tecido sadio. Assim, ainda são necessários estudos adicionais com a termografia para auxiliar na distinção entre os nódulos existentes. Para estudos futuros sugere-se utilizar a termografia dinâmica para esta finalidade.