Estudo da utilização de objetos simuladores de polietileno preenchidos com água em medidas de doses periféricas de radioterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Soboll, Danyel Scheidegger lattes
Orientador(a): Schelin, Hugo Reuters lattes
Banca de defesa: Schelin, Hugo Reuters lattes, Khoury, Helen Jamil lattes, Mesa Hormaza, Joel lattes, Denyak, Valeriy lattes, Gewehr, Pedro Miguel lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4482
Resumo: Foram desenvolvidos objetos simuladores humanóides, feitos de polietileno e preenchidos com água, para serem usados em dosimetria periférica em radioterapia. Três deles são de diferentes tamanhos pediátricos (de 2, 5 e 10 anos) e outros três são de tamanho adulto (um feminino em gestação inicial, um feminino em gestação avançada e um masculino). As doses periféricas provenientes de dois objetos simuladores adultos masculinos, o humanóide e um Alderson, submetidos a feixes craniais de radioterapia, foram comparadas. Com feixes de 18 MV as doses no antropomórfico foram maiores, dentro da faixa de 2,5 a 27%, exceto para a dose no coração, em torno de 40% maior no antropomórfico, devido ao fato de no simulador humanóide a região correspondente aos pulmões ser preenchida com água. Para 15 MV as diferenças diminuíram e para 6 MV observou-se um entrelaçamento das curvas de doses dos dois objetos simuladores. Nas regiões próximas do feixe as doses diferiram em até 13%, o que permite que o objeto simulador humanóide propicie estimativas para as regiões onde ocorre com mais freqüência a indução de câncer por radiação. Em regiões mais afastadas, as diferenças de doses observadas na comparação entre os objetos simuladores podem ser levadas em conta quando o objeto simulador humanóide for utilizado. O objeto simulador humanóide tem as vantagens de ser leve e de fácil manipulação, além de ter baixo custo. As incertezas na dosimetria crescem com o aumento da distância do feixe – na tireóide se observou a incerteza de 0,7% e nos testículos 5%. Na dosimetria periférica pediátrica em diferentes técnicas utilizadas na clínica, para tratamentos craniais observou-se que a dose na tireóide, comparada à dose ministrada ao isocentro, atingiu 0,2% nas radiocirurgias com cone e com mMLC, 0,28% na IMRT sliding window, 1,4% na IMRT step and shoot, 2,9% na IMRT com blocos compensadores e 0,23% na VMAT. Observou-se que na verificação do posicionamento do tratamento cranial foi acrescentado 0,13 cGy à tireóide, para cada par de portais de dupla-exposição. A dosimetria fetal no tratamento de mama mostrou que diferentes configurações de campo e de acessórios produzem doses periféricas bastante diferentes. A presença do filtro em cunha nos tratamentos de mama incrementou em até quatro vezes as doses na região fetal e que é importante utilizar uma blindagem de chumbo na região ventral, pois com ela a atenuação da radiação é significativa e o embrião/feto pode ficar protegido. Recomenda-se que objetos simuladores humanóides sejam utilizados na estimativa das doses, para conduzir a equipe clínica a optar pela melhor técnica de tratamento, criar blindagens protetoras ou até transferir o paciente para outra máquina mais adequada.