Das páginas para a tela: a transposição do detetive Mario Conde em Máscaras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lampugnani, Rafaela lattes
Orientador(a): Camilotti, Camila Paula lattes
Banca de defesa: Camilotti, Camila Paula lattes, Langaro, Cleiser Schenatto lattes, Lima, Marcos Hidemi de lattes, Fioruci, Wellington Ricardo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28142
Resumo: Sob a perspectiva dos Estudos Interartes, esta dissertação tem como objeto de pesquisa duas obras, o romance cubano intitulado Máscaras (1997) do escritor Leonardo Padura Fuentes e o terceiro capítulo da minissérie Cuatro Estaciones en La Habana (2016), intitulado Máscaras, dirigido por Félix Viscarret para a plataforma de streaming Netflix. Com o estudo das duas obras, busca-se apresentar como se dá o processo de construção da personagem do detetive Mario Conde ao longo das obras literária e cinematográfica, bem como discorrer sobre a história e a sociedade. Ademais, a proposta também será de contextualizar como ocorreu a transposição das páginas do romance de Padura para as telas, assim como evidenciar os recursos literários e cinematográficos que auxiliam no processo de entendimento da obra e da personagem. A metodologia empregada consiste em uma análise de cunho comparativista, apoiando-se em fontes crítico-teóricas. Como pressuposto teórico, buscaram-se fundamentos nos Estudos Interartes, com base nas teorias da adaptação, na construção da identidade e em elementos próprios da narrativa policial. Logo utilizou-se autores como Linda Hutcheon (2011), Thais Flores Nogueira Diniz (1999; 2010), Robert Stam (2006; 2013), Clüs Clüver (1997; 2006) no âmbito dos Estudos Interartes; Stuart Hall (2015), David Harvey (ano) sobre a identidade e sua fragmentação; Sandra Lúcia Reimão (1990), Fernanda Massi (2011), Mempo Giardinelli (2003), Àlex Martín Escribá e Javier Sánchez Zapatero (2007), Francisca Noguerol Jiménez (2006), P. D. James (2009), no que concerne o romance policial, entre outros autores relevantes para o estudo. Posto isso, a análise deste trabalho apresenta a relevância dos estudos entre cinema e literatura, além de evidenciar questões de evolução do gênero policial e os aspectos da contemporaneidade em ambas as obras. Os resultados obtidos são pertinentes, visto que apresentam um detetive que é afetado pela sociedade, pela violência e pela falta de empatia. Esses aspectos fazem com que a personagem não compreenda a sua identidade e se apresente como um sujeito fragmentado. Na transposição da obra literária para a cinematográfica, o diretor teve o auxílio do escritor no momento da escrita do roteiro. À vista disso, no filme é possível identificar semelhanças entre as personagens no momento da sua construção, contudo, por ser outra mídia, são necessários recortes e interpolações (verbais e visuais). Logo, a adaptação apresenta alterações significativas, reforçando, assim, a ideia de que o filme é uma nova obra que adapta a literatura da melhor forma para a nova mídia, e como consequência, reproduz uma nova fragmentação na identidade do detetive Mario Conde.