Metrópolis: literatura e cinema a partir dos estudos de intermidialidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Marcio Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17909
Resumo: Os Estudos Literários têm absorvido, desde o início do século XXI, cada vez mais, pesquisas margeadas pelo conceito de Intermidialidade e pelas relações intermidiáticas entre objetos literários e outras mídias, especialmente aquelas cujo entrecruzamento entre escrita/palavra e imagens técnicas. Desde os Estudos Interartes, o diálogo entre literatura e cinema representa um caminho importante para o alargamento das noções do literário tanto quanto para os fenômenos estéticos que conjugam diferentes mídias em diversos processos. Essa dissertação pretende analisar as obras Metrópolis – filme de Fritz Lang (1927) e o livro-roteiro de Thea Von Harbou (1926) – tendo em vista os estudos teóricos em torno do conceito de Intermidialidade e das relações intermidiáticas comportadas no filme de Fritz Lang (1927) e em seu roteiro, publicado como livro por Thea Von Harbou, em 1926. Como agenda epistemológica para o campo das Artes e da Humanidades, as pesquisas sobre as relações intermidiáticas, sob as quais se encontram perspectivas como as Materialidades da comunicação, têm trazido um aporte teórico bastante profícuo à análise de fenômenos literários, fílmicos e comunicacionais em virtude de seu caráter transdisciplinar, bem como a relevância com que os media e as tecnologias ritualizam os efeitos de sentido em obras e sua recepção. Para além do território das adaptações, a compreensão do entrecruzamento de mídias distintas é sustentada na abrangência da dimensão material das obras (seja na palavra ou na imagem) de modo a propiciar debates mais alargados dos atos hermenêuticos na produção de sentido. Isso pressupõe avaliar de que maneira os aparatos técnicos e as condições materiais dos dispositivos são agenciadores de percepções implicadas diretamente na matéria sensível das obras tanto quanto no corpo do receptor. Embora Metrópolis seja um filme fundante para a cinematografia, portanto objeto de inúmeros trabalhos de pesquisa e de crítica, a relação com o roteiro/livro, de Thea Von Harbou, pensada a partir desse escopo teórico, pode representar um interessante estudo no campo das Letras, para o qual, ainda, as teorias acerca da Intermidialidade ocupam um lugar tímido.