Avaliação físico-química e toxicológica de tecnologias para o tratamento de efluentes de laticínios
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Francisco Beltrao |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental: Análise e Tecnologia Ambiental
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28995 |
Resumo: | No Brasil, os efluentes gerados por indústrias de laticínios causam poluição nos rios, quando lançados nestes sem o tratamento adequado. Assim, o presente trabalho teve como objetivo aplicar e comparar diferentes tratamentos no efluente de uma indústria de laticínios que produz queijos, em termos físico-químicos e ecotoxicológicos. O efluente bruto da indústria foi coletado por uma amostra composta e caracterizado em termos físico-químico. Sobre o efluente bruto foi aplicado o tratamento físico-químico (coagulação) avaliado por planejamento experimental com três variáveis independentes (pH, tempo de decantação e dosagem do extrato do coagulante natural Urera baccifera). Também foi aplicada a foto-ozonização sobre o efluente bruto e após o tratamento físico-químico. Para avaliar os efeitos ecotoxicológicos dos efluentes brutos e tratados foram aplicados os testes de fuga com Eisenia fetida, teste de imobilidade/mortalidade com Artemia salina e teste de citotoxicidade do MTT com cultura de células de mamíferos. Com relação aos resultados das análises físico-químicas, o efluente bruto apresentava elevado valores de DQO (5551,56 mg/L), DBO5 (2942,33 mg/L), óleos e graxas (1133,00 mg/L), sólidos suspensos totais (6836,00 mg/L) e turbidez (506 UNT), com pH básico (9,93), demonstrando a necessidade de realizar o tratamento deste efluente antes de seu lançamento no meio ambiente. O planejamento experimental avaliando o coagulante natural U. baccifera mostrou que este apresentou resultados muito satisfatórios na redução da turbidez (0,02 UNT), dos óleos e graxas (240,00 mg/L) e dos sólidos sedimentáveis (<0,1 mg/L), sendo definido o melhor tratamento nas condições de pH de 9,92, dosagem do coagulante de 14 mL/ 100mL e de tempo de decantação de 12,8 min. Entretanto, devido a característica do coagulante natural, tanto o tratamento com coagulação, como o tratamento com coagulação seguido da foto-ozonização, não foram eficientes na redução da DQO, DBO5, dos sólidos totais, voláteis e fixos. O tratamento somente com foto-ozonização foi o que resultou nos melhores resultados físico-químicos em termos de redução dos óleos e graxas (163,60 mg/L), DBO5 (903,21 mg/L), DQO (1771,00 mg/L), sólidos totais (5808,00 mg/L) e fixos (929,0 mg/L). Com relação a ecotoxicidade, o efluente bruto foi toxico para o bioindicador A. salina e os tratamentos sobre este efluente bruto não foram eficazes para reduzir sua toxicidade. Para o bioindicador E. fetida o efluente bruto tratado com o coagulante U. baccifera seguido de foto-ozonização apresentou toxicidade e, para a cultura de células de rim de macaca, somente o extrato de U. baccifera sozinho resultou em citotoxicidade. Portanto, percebe-se que outros tratamentos devem ser aplicados ao efluente bruto e, o uso do extrato de U. baccifera como coagulante natural pode ser promissor, pois, além de reduzir parâmetros físico-químicos do efluente bruto de laticínio, não resultou no aumento e nem na geração de toxicidade para E. fetida e a cultura de mamífero utilizada no presente estudo. |