Tratamento de efluente contendo tiametoxan e avaliação da sua eficiência na redução da toxicidade
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Francisco Beltrao |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental: Análise e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4142 |
Resumo: | O tratamento de sementes com agroquímicos é uma técnica largamente utilizada por empresas e agricultores no pré-plantio. Esta é realizada por intermédio de máquinas e equipamentos específicos que, ao final do processo, precisam ser higienizados, gerando assim efluentes contaminados. Deste modo, o objetivo do presente estudo foi caracterizar e avaliar a toxicidade do efluente da lavagem das máquinas de tratamento de sementes de milho, contendo o agroquímico tiametoxan como princípio ativo, sugerindo métodos de tratamento de fácil uso e baixo custo. Nos tratamentos do efluente por adsorção, empregando os adsorventes carvão vegetal ativado, palha de milho e casca de soja, variando pH e concentração de massa de cada material, verificou-se uma melhor redução na demanda química de oxigênio (DQO) com o carvão vegetal ativado, seguido da palha de milho. No tratamento por coagulação/floculação, com cloreto férrico (FeCl3) e policloreto de alumínio, utilizando um planejamento fatorial tendo como variáveis independentes a concentração de FeCl3 e o tempo de sedimentação, o ensaio que obteve a melhor remoção de DQO foi com a concentração de 850 mg L-1 de FeCl3 e 120 min de sedimentação. Diante dos resultados preliminares optou-se por utilizar os seguintes tratamentos finais: ACA (adsorção com carvão vegetal ativado em pH natural (8) com 6 g L-1), APM (adsorção com palha de milho em pH natural (8) com 6 g L-1), C (coagulação e floculação com 850 mg L-1 de cloreto de ferro e tempo de sedimentação de 120 min); CCA (coagulação e floculação com posterior adsorção com carvão vegetal ativado) e CPM (coagulação e floculação com posterior adsorção com palha de milho). Os tratamentos C, CCA e CPM apresentaram as melhores remoções dos parâmetros físico-químicos (pH, DQO, demanda química de oxigênio, óleos e graxas, sólidos dissolvidos e sólidos totais). As melhores remoções do princípio ativo tiametoxan, foram observadas nos tratamentos CCA, seguido do CPM. Apesar disso, de modo geral, todos os grupos (efluentes bruto e tratados), apresentaram toxicidade elevada aos bioindicadores Artemia salina L. (teste de imobilidade/mortalidade), Eisenia fétida (teste de fuga) e Allium cepa L. (teste de citotoxicidade). Foi verificado também efeito mutagênico para A. cepa, devido a presença de alterações cromossômicas nos grupos avaliados. Os resultados apontam o risco que esse efluente apresenta ao meio ambiente, indicando a necessidade de investigações de novas tecnologias de tratamento, a fim de propiciar a redução dos parâmetros físico-químicos, do agroquímico e, em especial, da toxicidade final do efluente. |