Mikhalkov: cinema e ideologia frente ao desmoronamento soviético
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4422 |
Resumo: | Anna: dos 6 aos 18, filme russo dirigido por Nikita Mikhalkov, lançado em 1993 e rodado ao longo de mais de uma década sob a efetivação das políticas da Glasnost e da Perestroika, retrata enquanto forma e conteúdo o panorama político que se desenhava no antigo bloco socialista durante a transição dos anos de 1980 a 1990, o consequente redirecionamento da organização econômica e a mudança nos padrões comportamentais para uma sociedade de consumo nos moldes ocidentais efetivando o desmoronamento (Hobsbawm) das estruturas estabelecidas. Realizado durante essa fase de transformação política, econômica e cultural, o filme reporta acontecimentos daquele contexto, mas os condiciona à forte política de consenso do diretor ao regime sucessivo, que conduz as entrevistas feitas ao longo da década com a jovem filha a modo de apresentar a substituição do modelo socialista como uma evolução, mudança esta garantida, segundo ele, através da luta popular contra a tirania. O presente estudo busca traçar uma análise formal da obra, mas relacionada intrinsicamente com a conjuntura política, cultural e socioeconômica em micro e macro escalas e com as inclinações do diretor, assim como busca apresentar o fenômeno de liberalização e abertura como um aprisionamento às estruturas do capitalismo global, do mercantilismo organizacional (Chomsky), da política de consenso, do capitalismo como culto e religião (Benjamin) e de unidimensionalidade do homem contemporâneo (Marcuse), pautado pela acriticidade, alienação e consumo. |