Extratos de brássicas no controle de Oídio em pepineiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Piacentini, Patricia de Oliveira lattes
Orientador(a): Giaretta, Rosangela Dallemole lattes
Banca de defesa: Morales, Rafael Gustavo Ferreira, Bortoli, Betânia Brum de, Giaretta, Rosangela Dallemole, Danner, Moeses Andrigo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2365
Resumo: Os objetivos deste estudo foram avaliar o efeito dos extratos de canola (Brassica napus L.) e mostarda-da-índia (Brassica juncea), in vitro, sobre a severidade de Oídio (Oidium sp.) em discos cotiledonares de pepineiro e a germinação de conídios do fungo e comparar esses extratos com controle químico (enxofre inorgânico e tiofanato metílico + clorotalonil), leite cru de vaca a 10 % e óleo de neem, também in vitro, e no controle do Oídio em pepineiro, em casa de vegetação. Para isso, foram realizados três experimentos, in vitro. No primeiro, testaram-se três métodos de preparo (aquoso, macerado e infusão) dos extratos de canola e mostarda-da-índia na dose de 12% sobre a severidade do Oídio em discos cotiledonares de pepineiro e a germinação de conídios do fungo. Nesse experimento, todos os modos de preparo dos extratos de canola e mostarda-da-índia reduziram mais de 35% a severidade da doença nos discos cotiledonares e a germinação dos conídios do fungo. No segundo experimento, testaram-se as doses de 3 a 12% dos extratos das brássicas, preparados por maceração, sobre as mesmas variáveis do ensaio anterior. A dose de 12% dos extratos das brássicas reduziu a severidade da doença nos discos cotiledonares de pepineiro em mais de 59% e a germinação dos conídios do fungo em mais de 52%. No terceiro experimento, testaram-se os extratos macerados a 12% dessas brássicas, o leite cru de vaca a 10%, o óleo de neem e os fungicidas, também sobre as mesmas variáveis. Nesse ensaio, os tratamentos contento os extratos de brássicas reduziram mais de 80% a severidade do Oídio nos discos cotiledonares de pepineiro, em relação ao tratamento testemunha. Porém, no teste de germinação de conídios do fungo, apenas os tratamentos contendo os fungicidas foram eficientes, reduzindo em 65% a germinação dos conídios do fungo. Posteriormente foram realizados experimentos, em casa de vegetação, para comparar a eficiência desses tratamentos no controle do Oídio em pepineiro, em dois anos de cultivo. Os extratos das brássicas reduziram a severidade e a taxa de progresso da doença nos dois anos de cultivo. O extrato de mostarda-da-índia, em relação aos tratamentos testemunha seca e com água, reduziu a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) da severidade de Oídio, em média, 68,7 e 57% e o extrato de canola reduziu, em média, 67,1 e 59,4%, nos anos 1 e 2, respectivamente. Quando os extratos de canola e mostarda-da-índia foram comparados aos tratamentos testemunha seca e com água, constatou-se que a redução da severidade final da doença foi superior a 70 e 65%, nos anos 1 e 2, respectivamente. Os extratos de canola e mostarda-da-índia apresentaram maior controle da doença, comparado ao obtido no tratamento contendo leite cru de vaca a 10%, e próximo ao controle do tratamento com óleo de neem. Os fungicidas apresentaram os melhores controles da severidade e da taxa de progresso da doença, com redução superior a 99% da severidade final da doença e da AACPD da severidade de Oídio. Conclui-se, portanto, que os extratos das canola e mostardada-índia têm potencial de controle de Oídio em pepineiro, em casa de vegetação.