Extratos vegetais no controle de podridão parda (Monilinia fructicola) em pêssego

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Flores, Mariana Faber
Orientador(a): Citadin, Idemir
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/458
Resumo: A podridão parda [Monilinia fructicola (Winter) Honey] é a doença mais importante na cultura do pessegueiro, causando danos em flores e frutos em pré e em póscolheita. O uso de agroquímicos na agricultura tem causado riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Na busca de métodos alternativos para o controle da podridão parda em pós-colheita foram realizados experimentos com o objetivo de avaliar a eficiência de diferentes extratos vegetais no controle de M. Fructicola. Foram realizados dois experimentos in vitro e quatro experimentos in vivo. No experimento 1, in vitro, foi avaliado a porcentagem de germinação de conídios em placa de Elisa, contendo cinco tratamentos, sendo eles, extrato aquoso de canola, alcoólico, maceração, infusão e testemunha com cinco repetições. Para o crescimento micelial foram avaliadas diferentes concentrações (0, 2,5, 5,0, 7,5 e 10%) do extrato aquoso de canola com sete repetições. Os quatro experimentos in vivo foram realizados em delineamento inteiramente casualizado, constituído por quatro repetições, representadas por bandejas de plástico contendo cinco frutos. Foram efetuados danos mecânicos na porção equatorial de cada fruto e, em seguida, aplicados os tratamentos (extratos) por meio de imersão. Depois disso, os frutos foram inoculados com uma suspensão de 105 esporos mL-1 de M. fructicola e, após quatro dias, avaliou-se à área lesionada (cm2) e o número de esporos. No experimento 2 e 3, in vivo, foram avaliados os extratos vegetais de canola (Brassica napus), guaçatonga (Casearia sylvestris), eucalipto (Eucalyptus citriodora) e babosa (Aloe vera) em comparação ao controle químico e a testemunha. O experimento 4 constituiu-se em esquema fatorial 3x3 + 1 testemunha, sendo o fator A constituído pelas espécies de brassicas (canola, repolho e nabiça) e o fator B pelas formas de extração (alcoólica, infusão e maceração). O experimento 5 constituiu-se em um esquema fatorial 3x2, sendo o fator A constituído pelos tipos de injúrias (furo, raspagem e sem injúrias) e o fator B uso do extrato (com e sem extrato de canola). Os extratos de canola aquoso, maceração e infusão inibiram a germinação de conídios do patógeno e no crescimento micelial o extrato de canola na concentração 10% apresentou o melhor resultado, tanto na primeira avaliação, quanto na segunda, com 78 e 69% de controle, respectivamente. Nos experimentos in vivo, todos os tratamentos que foram submetidos ao controle com extrato de canola apresentaram lesões significativamente menores quando comparados com suas respectivas testemunhas. As diferentes formas de extração testadas foram eficientes no controle do patógeno, sendo que para cada espécie houve uma forma de extração que mais se destacou, sendo que para a canola a melhor forma de extração foi por infusão, para a nabiça foi por maceração e para o repolho foi por extração alcoólica. As espécies de brassicas reduziram a produção e a germinação de esporos de M. Fructicola em pós-colheita de pêssegos. Os tratamentos submetidos a perfuração (furo) apresentaram-se como uma metodologia eficiente para avaliar a eficiência do extrato de canola.