Extratos aquosos de canola e mostarda-da-índia para o manejo do oídio (Erysiphe polygoni) em feijão-de-vagem, em casa de vegetação
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2204 |
Resumo: | Produtos alternativos, como extratos vegetais, podem ser utilizados no controle de doenças de plantas visando reduzir o uso de fungicidas sintéticos, assim como a contaminação do meio ambiente e dos alimentos. Dentre as doenças que afetam as hortaliças de importância economica no Brasil, encontra-se o oídio, e a espécie Erysiphe polygoni DC., pode causar a doença em plantas como o feijão-de-vagem, afetando toda a parte aérea. Brassica sp. têm se mostrado eficientes no manejo de doenças de plantas, causadas por patógenos veiculados ao solo e, resultados preliminares também têm indicado eficiência das mesmas no controle de oídio. A utilização de brássicas no controle de doenças de plantas, é um método alternativo natural e as substâncias extraídas das plantas na forma de extratos são mais baratas que os fungicidas. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito dos extratos aquosos de canola (Brassica napus L.) e mostarda-da-índia (B. juncea L.), obtidos por diferentes métodos de extração no manejo do oídio em feijão-de-vagem, cultivado em ambiente protegido. Os experimentos avaliando o efeito dos extratos sobre a germinação de conídios, formação de apressório (in vitro) e AACPD da incidência e severidade da doença (casa de vegetação) foram em esquema fatorial 5 x 3 (concentração x métodos de extração) com cinco repetições. Os três métodos de extração foram aquoso simples, maceração e infusão e as cinco concentrações foram 0, 3, 6, 9 e 12% do respectivo extrato. Posteriormente, foram conduzidos novos experimentos para avaliar o efeito de compostos voláteis na germinação de conídios e formação de apressório, comparando os extratos aquosos simples de canola e mostarda-da-índia (9%) com leite cru (10%), enxofre inorgânico, o fungicida tiofanato metílico + clorotalonil e o Bion®, os três últimos nas doses comenciais. Além desses experimentos, foram conduzidos experiemtos comparativos para avaliar a AACPD da incidência e da severidade da doença com os mesmos tratamentos citados anteriormente, exceto o Bion. Também foi avaliada a síntese de fitoalexinas em cotilédones de soja e a atividade metabólica dos extratos em tecidos de feijão-de-vagem, por meio das análises de proteínas totais, das enzimas fenilalanina amônia-liase e peroxidase e compostos fenólicos. As concentrações dos extratos aquosos de canola e mostarda-da-índia que mais inibiram a germinação de conídios e a formação de apressório de E. polygoni, assim como a severidade do oídio, foram de 9 e 12%. De maneira geral, todos os métodos de preparo dos extratos foram eficientes no controle do oídio, mas, os que mais se destacaram foram o aquoso simples e macerado. Os extratos aquosos simples de canola e mostarda-da-índia a 9%, foram eficientes tanto na inibição da germinação de conídios quanto no controle da severidade do oídio, se igualando ao fungicida tiofanato-metílico + clorotalonil. Esse comportamento demonstra que houve efeito de compostos voléteis com ação fungitóxica e pode ter ocorrido efeito direto, com ação fungistática. Pode ter ocorrido ainda indução de resistência, por meio da ativação das enzimas POX, SOD e PAL, resultando no acúmulo de compostos fenólicos e fitoalexinas. |