Brássicas e termoterapia no controle de bolor verde de laranja pera em pós-colheita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Koltz, Elizabeth Aparecida lattes
Orientador(a): Santos, Idalmir dos lattes
Banca de defesa: Lopes, Everaldo Antonio, Kulczynski, Stela Maris, Hamada, Natasha Akemi, Silva, Davi Costa, Sanotos, Idalmir dos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3432
Resumo: O bolor verde causado pelo fungo Penicillium digitatum é uma das principais doenças de frutas cítricas, que causa perdas em pós-colheita. O estudo objetivou avaliar o potencial dos compostos obtidos da canola e de mostarda-da-índia, no controle de P. digitatum, na pós-colheita de laranja Pera. Foram realizados testes com diferentes concentrações de pó de cada brássica, cultivada e coletadas, secas em estufa e trituradas, para obtenção do pó. No tratamento sachê artesanal, as quantidades de 6, 12, 18 e 24 g de pó foram acondicionados em sachês, umedecidos e distribuídos em bandejas contendo os frutos inoculados com o patógeno. O tratamento modos de extração aquosos, no modo simples, o pó foi misturado à água e filtrado. Para extração por maceração, o extrato foi filtrado depois de 8 horas. Para extração por infusão utilizou-se água aquecida a 100 °C e, após 20 minutos a solução foi filtrada. O sachê contendo as concentrações de 24 g de pó e o modo de preparo aquoso simples de cada material vegetal foram selecionados para compor combinações de tratamentos com a termoterapia por imersão dos frutos em água quente (57 °C por 60s). Os tratamentos foram: 1 – Sachê artesanal (S) de canola 24 g ou de mostarda-da-índia 24 g; 2 – Extrato aquoso simples (EAS) de canola ou mostarda-da-índia; 3 – Tratamento térmico + sachê artesanal (TTS) de canola 24 g e de mostarda-da-índia 24 g; 4 – Tratamento térmico associado ao extrato aquoso simples (TTE) de canola ou de mostarda-daíndia; 5 – Tratamento térmico (TT); 6 – Extrato aquoso simples aquecido de canola ou mostarda-da-índia (EA) (57°C); 7 – Extrato aquoso simples de canola ou mostarda-da-índia com posterior inoculação do patógeno e Tratamento térmico (EITT); 8 – Testemunha (T). As associações com a termoterapia não causaram maior efeito na inibição do patógeno e os melhores tratamentos foram selecionados para serem comparados ao tratamento químico (imazalil 1g i.a/L). Os métodos extrativos testados, para as duas espécies de brássicas reduziram significativamente o crescimento micelial e produção de conídios de P. digitatum nos testes in vitro, assim como a área da lesão do bolor verde e número de conídios nos testes in vivo. O tratamento mais eficiente foi com o pó das brássicas em sachê artesanal, reduzindo a doença em até 85,0% (canola) e 63,1% (mostarda-da-índia). A utilização de sachê artesanal com pó das brássicas, destacando-se a canola, e o extrato aquoso simples pela facilidade de aplicação, se apresentam como alternativas eficientes no controle do bolor verde em pós-colheita laranja Pera.