Interação genótipo-ambiente na densidade de gemas e comprimento de ramos de pessegueiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Penso, Gener Augusto lattes
Orientador(a): Citadin, Idemir lattes
Banca de defesa: Danner, Moeses Andrigo, Nava, Gilmar Antônio, Giacobbo, Clevison Luiz, Citadin, Idemir
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1693
Resumo: A instabilidade do ambiente entre anos nas regiões subtropicais dificulta a obtenção de genótipos de pessegueiro com ampla adaptação e produção estáveis, contribuindo para limitar o cultivo. A instabilidade do clima pode afetar etapas de desenvolvimento como a formação de gemas florais e vegetativas. A compreensão dos fatores que controlam a formação das gemas apresenta fundamental importância para a busca de soluções efetivas a esses problemas. Nesse sentido o objetivo desse trabalho foi verificar o efeito da temperatura, umidade relativa do ar e precipitação sobre a densidade de gemas e comprimento de ramos produtivos (brindilas) e identificar genótipos com maior adaptabilidade e estabilidade quanto à essas variáveis. Foram utilizados 12 genótipos de pessegueiro cultivados no pomar experimental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato Branco no clima do tipo Cfa segundo a classificação de Köppen. Dados horários de precipitação, temperaturas e umidade relativa do ar foram coletadas através da estação meteorológica do SIMEPAR. Foram selecionadas três plantas por genótipo (repetições), marcando-se cinco ramos por planta, em maio de cada ano. Foram realizadas avaliações de comprimento de ramos, CR (cm), contagem do número de gemas florais (GF) e vegetativas (GV). Também foi calculada a relação entre GF/GV e as densidades de gemas vegetativas (DGV) e florais (DGF). As avaliações foram realizadas anualmente, de 2007 a 2014. Com esses dados foram realizadas análises de adaptabilidade e estabilidade utilizando metodologia Biplot e analise de correlação (Pearson) com as variáveis climáticas. Utilizaram-se os dados climáticos para cálculo das somas das horas com temperaturas inferiores a 20 °C, temperaturas entre 20-25 °C, temperaturas entre 25-30 °C e acima 30 °C, considerando o período de 1° de agosto à 28 de fevereiro do ano seguinte. Os coeficientes de correlação de Pearson foram utilizados na análise de trilha, sendo utilizado GF e DGF como variáveis básicas. Para o CR, GV e GF as maiores médias ocorreram no ciclo de 2009/10. Os genótipos ‘BRS Kampai’ e ‘BRS Libra’ apresentaram os maiores CR. São considerados estáveis e adaptados quanto ao CR os genótipos ‘Casc. 967’ e ‘BRS Kampai’. Observou-se correlação negativa do CR e de GV para a Σh <20 °C, Σh >30 °C e Σh com URA <50% e correlação positiva entre essas variáveis e a Σh de 25-30 °C e Σh com URA >70%. Na avaliação de GV ‘Cons. 681’ e ‘Casc. 1055’ podem ser considerados adaptados e estáveis. A menor média foi apresentada pelo genótipo ‘Sta. Áurea’ que pode ser considerado estável. Na avaliação de GF são considerados adaptados os genótipos ‘BRS Bonão’, ‘Casc. 1055’, ‘Cons. 681’, com adaptabilidade a todos os ciclos avaliados. Na análise de trilha houve resposta de efeito direto da Σh de 25-30 °C sobre as gemas florais. Na avaliação de DGV e DGF as variações são devido ao efeito genético. Os genótipos mais adaptados e estáveis para DGV foram ‘T. Beauty’, ‘T. Snow’, ‘Casc. 1055’ e ‘Cons. 681’. Para DGF foram adaptados e estáveis os genótipos ‘BRS Bonão’, ‘Casc. 1055’, ‘Cons. 681’. As variáveis de CR e GV são fortemente influenciadas pelo ambiente. GF é fortemente influenciado pelo fator genético e moderadamente influenciado pelo fator ambiental. DGV e DGF são influenciadas basicamente pelo fator genético.