Construção epistemológica das ciências da sustentabilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Biagi, Aline Maria lattes
Orientador(a): Fernandes, Valdir lattes
Banca de defesa: Fernandes, Valdir lattes, Sampaio, Carlos Alberto Cioce lattes, Silva, Christian Luiz da lattes, Faria, José Henrique de lattes, Silva, Sandro Dutra e lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31420
Resumo: A produção do conhecimento tem se moldado conforme novas produções e demandas surgem no decorrer dos anos. A ciência se dá a partir de rupturas no conhecimento, gerando novos métodos, conceitos e epistemologias. A ciência não está desconectada do paradigma social e, ao mesmo tempo, representa esse paradigma. O próprio desenvolvimento da ciência é elemento de transformação social, uma vez que altera modos de vida, valores e até mesmo cognições. A sustentabilidade é um retrato disso. Todo o desenvolvimento científico em torno do tema foi moldado pelos movimentos sociais. A ciência também foi um sujeito desses movimentos. A sustentabilidade surge como um fenômeno sociopolítico, ao lado de outros movimentos que geraram epistemologias, como negritude, teorias feministas e de gênero, teoria queer. A ciência foi um dos elementos que contribuiu para conformar e expressar esses fenômenos. Nesse contexto, as ciências da sustentabilidade emergiram como um campo de pesquisa bastante denso e com características diferenciadas. Algumas dessas características estão justamente nesse caráter, sociopolítico e científico. A partir disso, o objetivo desta tese é, a partir de uma problematização, reunir e refletir sobre os elementos epistemológicos que emergem desse movimento sociopolítico e que compõem a sustentabilidade enquanto campo de conhecimento. O método empregado foi a análise sistemática de literatura, a qual permitiu, através da repetição temática dos objetivos de pesquisa, observar o que estava sendo retratado sobre as ciências da sustentabilidade a partir das publicações científicas. Os resultados indicaram que é um campo que emerge de uma demanda sociopolítica, no contexto de um conjunto de movimentos sociais e por isso, a cooperação interdisciplinar é acompanhada de interações transdisciplinares; o conhecimento resulta de intenso diálogo entre as escalas local e global; a governança e a territorialidade no trato com as escalas pressupõem valorização dos conhecimentos tradicionais em ligação com a territorialidade e a colaboração; a solidariedade é elemento intrínseco e histórico das ciências da sustentabilidade.