A produção feminina jornalística de Maria Archer no exílio
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29791 |
Resumo: | Maria Archer foi uma escritora portuguesa do século XX, que durante sua produtiva atividade literária escreveu mais de 30 obras, entre romances, novelas, relatos sobre a sua vivência em África, além de peças teatrais. Ademais, ela colaborou para, pelo menos, 16 periódicos de língua portuguesa. No Brasil, na condição de imigrante exilada, assinou para importantes jornais impressos como: A Gazeta, O Estado de S. Paulo, e Portugal Democrático. Assim, essa pesquisa tem como interesse discutir e analisar a prática jornalística de Maria Archer no Brasil do século XX, em especial nos periódicos Portugal Democrático e O Estado de S. Paulo, jornais em que ela mais se destacou e que colaboram para a discussão da dissertação. Apesar de ser apontada como um dos principais nomes da resistência contra o governo de António Salazar, Archer, é considerada uma escritora esquecida, o que despertou o interesse de pesquisadores que serão utilizados na presente pesquisa, essencialmente, Battista (2007; 2015; 2019; 2020); Bordeira (2014); Botelho (1994) e Santos de Matos (2013; 2014; 2017; 2019), além de se utilizar do pensamento sobre masculino e feminino de Beauvoir (1967; 1970). Com relação à metodologia que conduz o trabalho, tem-se o caráter qualitativo da pesquisa, de cunho bibliográfico. Como resultado, a pesquisa tem por finalidade evidenciar o enfrentamento da escritora lusitana, no que a dispõe como símbolo de resistência ao salazarismo, à censura e à privação de liberdade de pensamento em Portugal. Outro ponto significativo do estudo é elucidar que Archer, impossibilitada de prosseguir no próprio país, buscou no Brasil e nas redações jornalísticas, o exílio e, por consequência, a oportunidade de ser uma representante feminina no grupo de opositores ao regime. E como tal representatividade conduziu a reflexão sobre a elaboração jornalística feminina nos países falantes de português, que seguem permeados por um modelo social imperioso, no que diz respeito ao que se compete a atividade feminina na esfera pública. A pesquisa ainda é uma forma de resgatar e propagar os feitos literários e jornalísticos da autora, ao fomentar e avaliar suas respectivas criações. |