Destino no ambiente e comportamento agronômico de atrazina em resposta a doses e níveis de palha de espécies de cobertura de solo
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1784 |
Resumo: | O uso de coberturas vegetais é uma estratégia fundamental para o manejo de plantas daninhas na região Sul do Brasil. Em áreas com elevadas infestações de plantas daninhas, é crescente a utilização de herbicidas, que aumentam os custos de produção das lavouras e a contaminação ambiental. A aveia preta e a mucuna possuem características contrastantes quanto à velocidade de decomposição dos resíduos e capacidade de mobilização do nitrogênio do solo, proporcionando resultados distintos de supressão de plantas daninhas ao longo do tempo e, portanto, demandando estratégias distintas de manejo antes, durante e após a implantação da cultura do milho. O objetivo geral do experimento foi avaliar a dinâmica ambiental do herbicida atrazina, os resultados sobre o rendimento de grãos do milho e eficiência de controle de plantas daninhas, considerando áreas com distintos históricos de utilização de cobertura morta, distintos níveis de palha e do herbicida. Para isso foram realizadas duas etapas de experimentos: na primeira etapa, foram implantados dois experimentos com a cultura do milho, um com utilização de aveia preta e outro com mucuna preta como espécies de cobertura de solo. O delineamento utilizado em ambos os experimentos a campo foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. O fator A foi constituído de quatro níveis de palha (0, 0,75x, 1,5x e 3x) e o fator B foi constituído por quatro doses do herbicida atrazina (0, 2100, 4200 e 8400 g i.a. ha-1). Amostras de solo foram coletadas para realização de bioensaios em casa de vegetação para avaliação da persistência. A avaliação de lixiviação de atrazina foi efetuada por cromatografia, por meio de amostras coletadas ao longo do perfil do solo.No experimento a campo, avaliou-se a densidade de plantas daninhas, massa da parte aérea verde, massa da parte aérea seca e o rendimento de grãos de milho. Nos bioensaios, as principais variáveis avaliadas foram estatura efitotoxicidade. Na segunda etapa, foram coletados solos com diferentes históricos de cultivo de cultura de cobertura e os estudos de mineralização e sorção, ambos com com 14C-atrazina, foram conduzidos em laboratório. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os resultados obtidos a partir do experimento a campo, indicam que o uso de elevados níveis de palha sobre o solo, de forma isolada, não são eficientes para controlar as espécies daninhas e queelevados níveis de palha de mucuna preta sobre o solo reduzem o potencial produtivo do milho. Os bioensaios demonstraram que quantidades elevadas de palha de aveia preta impedem a passagem da atrazina até o solo, sendoa influência do nível de palha sobre a disponibilidade do herbicida detectada até 12 dias após a aplicação. A meia-vida da atrazina aplicada sobre a palha de aveia variou de 7 a 14 dias após a aplicação, enquanto que a meia-vida da atrazina aplicada sobre a palha de mucuna varia de 5 a 14 dias após a aplicação. Níveis crescentes de palha de aveia preta sobre o solo apresentam capacidade de redução da lixiviação de atrazina no perfil, porém esse efeito não foi comprovado com a utilização de palha de mucuna preta, porque o herbicida não foi detectado no perfil do solo, aos 21 dias após a aplicação.As análises cromatográficas indicam que a atrazina se concentra mais próximo à superfície do solo independentemente do volume de palha, não sendo detectada em profundidade superior a 8 cm. A mineralização acumulada da 14C-atrazina aplicada a solos com V. sativa é superior se comparada a solos com S. cereale ou solos com ausência de cultura de cobertura. O coeficiente de sorção da atrazina é superior quando o herbicida é aplicado à palha do que ao solo. |