Habilidade competitiva e tolerância a herbicidas de cultivares de soja de diferentes décadas
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29030 |
Resumo: | O desempenho agronômico da cultura da soja pode ser comprometido por diversos fatores, dentre os quais, destaca-se a interferência das plantas daninhas. Os herbicidas são a principal estratégia de controle utilizada pelos agricultores, porém podem causar fitotoxicidade à soja, com variação entre cultivares. Partiu-se da hipótese que cultivares modernas de soja, em função de seu maior investimento em caracteres produtivos, teriam menor capacidade de suportar a interferência com plantas daninhas e também menor tolerância a herbicidas. Foram realizados três estudos investigando a habilidade competitiva (estudos 1 e 2, a campo) e a tolerância a herbicidas (estudo 3, em casa-de-vegetação e laboratório) de cultivares de soja lançadas em diferentes décadas no Brasil. Nos estudos 1 e 2 foram avaliadas 12 cultivares de soja, lançadas entre 1965 e 2017, quanto a sua habilidade de suportar a interferência de Bidens pilosa e Euphorbia heterophylla, sendo efetuadas correlações entre caracteres agronômicos avaliados e o rendimento de grãos das cultivares. No estudo 3 foram avaliadas seis cultivares de soja, disponibilizadas para cultivo no mesmo período, e quanto à sua tolerância aos herbicida chlorimuron-ethyl e lactofen e a atividade das enzimas superóxido-dismutase (SOD), catalase (CAT) e peroxidase (POX), conhecidas por sua capacidade de detoxificação de herbicidas. Maiores diferenças entre o grupo antigo e moderno de cultivares foram expressas na interferência de B. pilosa. Cultivares modernas sob interferência com esta espécie daninha reduziram mais o diâmetro de dossel (R1), matéria seca (V7), área foliar, número de ramos e diâmetro de caule do que cultivares mais antigas. Em contrapartida, incrementaram mais o diâmetro de caule em relação às mais antigas. As perdas de produtividade devido à interferência com 40 plantas por m2 de B. pilosa variam entre 13 e 84% e com 18 plantas por m2 de E. heterophylla entre 21% e 58%, demonstrando grande diferença entre as cultivares de soja na capacidade de suportar a interferência. Em geral, a perda de rendimento e de seus componentes devido à interferência tanto com B. pilosa quanto com E. heterophylla não estiveram relacionadas ao ano de lançamento das cultivares. Todas as cultivares reduziram sua área foliar e massa seca após aplicação dos herbicidas chlorimuron-ethyl e lactofen. Foi possível relacionar, pelo menos em parte, o maior desenvolvimento das plantas das cultivares Bragg e Paraná (antigas), e sua tolerância aos herbicidas chlorimuronethyl e lactofen com a elevada atividade das enzimas antioxidantes SOD, CAT e POX. |