O convicto, O niilista e O jogador: o percurso da linguagem entre fé e melancolia, e uma proposta para além do vórtice do vazio a partir do conceito flusseriano de Übersetzen

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ricatieri Filho, Sergio lattes
Orientador(a): Lemos, Anuschka Reichmann lattes
Banca de defesa: Lemos, Anuschka Reichmann lattes, Schwartz, Christian Luiz Melim lattes, Sales, Cristiano de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5046
Resumo: O presente trabalho percorre um trajeto que segue, partindo da segmentação do tronco progenitor da faculdade humana de linguagem nos ramos da língua e do mito (CASSIRER, 1946), pela fé da humanidade na realidade apreendida apenas pela palavra (FLUSSER, 2007), até a perda desta fé por conta da intelectualização do próprio intelecto (FLUSSER, 2011a), perda esta motivada pela tormenta do progresso que nos empurra ferozmente para dentro do abismo do nada. Para tanto, diferentes passos de tal trajeto se fazem ilustrados por produtos midiáticos que, mais do que apenas representar o mundo, demonstram a relação do animal symbolicum (CASSIRER, 1944) com a realidade contida na própria linguagem empregada para simbolizá-lo. Após opor convicção e niilismo – ou seja: a fé na linguagem e a melancolia causada por sua perda –, o conceito flusseriano de Übersetzen (FLUSSER, 2007) é, então, empregado para propor uma tentativa de saída do entrave opositivo resultante com a figura do Jogador: aquele que assume os fios impostos para poder criar seus próprios fios intersubjetivos, assumindo a simultaneidade dos contraditórios (BAUDRILLARD, 1991) não para apenas contemplar o vazio do nada, mas para jogar com as possibilidades de interpretação simbólica de tal vazio.