Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Cirino, Ferla Maria Simas Bastos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-05072011-073909/
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Resumo: |
As ações de prevenção ao HIV/aids na ESF foram objetos desse estudo, cujo objetivo foi analisá-las, sob a ótica da vulnerabilidade na sua dimensão programática, identificar como as equipes de saúde da família reconhecem a vulnerabilidade ao HIV/aids nos seus territórios; descrever as ações de prevenção direcionadas às populações reconhecidas pelas equipes como vulneráveis e caracterizar as dificuldades, as potencialidades e os desafios na prevenção ao HIV/aids na ESF. Para alcançar tais objetivos optou-se por um estudo exploratório, com abordagem qualitativa, utilizando-se a metodologia do Estudo de Caso. O conceito de vulnerabilidade, em sua dimensão programática, foi usado como quadro teórico. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas com gerentes de UBS de Saúde ou pessoas indicadas por eles e mediante técnica de grupo focal com equipes de saúde da família. O estudo foi conduzido no período de junho a dezembro de 2009, em 11 Unidades do distrito de Capão Redondo, região sul do Município de São Paulo, Brasil. Os resultados apontam que as equipes reconhecem a vulnerabilidade ao HIV/aids em seus territórios atrelada à dimensão individual, fundamentada na noção de risco da epidemiologia tradicional, identificando grupos ou comportamentos de risco. Fundamentadas nos mesmos conceitos, percebeu-se o predomínio de intervenções informativas, de caráter prescritivo e normativo, que tinha como principal finalidade a mudança de comportamento do indivíduo. Ações fortemente baseadas no modelo biomédico hegemônico. Como dificuldades encontradas destacaram-se àquelas relacionadas ao processo de trabalho das equipes, que apontam sobrecarga de trabalho pelas demandas dos programas prioritários; alta rotatividade dos profissionais e falta de capacitação dos mesmos para a prevenção ao HIV. A maior potência da ESF na prevenção da aids encontra-se no princípio da longitudinalidade, que permite qualificar o reconhecimento da vulnerabilidade do território e planejar as ações de prevenção de acordo com as necessidades da população. O maior desafio apontado pelas equipes está em reconhecer o processo de produção e reprodução social como determinante da vulnerabilidade ao HIV. Por fim, conclui-se que o modelo técnico-assistencial vigente na atenção básica, apesar de sua reconhecida potencialidade, ainda apresenta práticas embasadas na noção de risco e no modelo biomédico hegemônico, determinando, assim, a vulnerabilidade programática na prevenção ao HIV/aids. |