O vivenciar da gestação em mulheres jovens convivendo com o HIV: uma contribuição para a prática assistencial em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Araújo, Renata Cristina Justo de lattes
Orientador(a): Pacheco, Zuleyce Maria Lessa lattes
Banca de defesa: Paz, Elisabete Pimenta Araújo lattes, Salimena, Anna Maria de Oliveira lattes, Silva, Girlene Alves da lattes, Souza, Ívis Emilia de Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
HIV
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/394
Resumo: Resumo da Dissertação de Mestrado ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Enfermagem. O objeto desta investigação foi o ser mulher jovem gestante convivendo com o HIV. O objetivo foi desvelar os sentidos advindos desta condição durante a gestação de mulheres jovens que convivem com o HIV. Elegeu-se a fenomenologia, fundada no referencial teórico filosófico de Martin Heidegger como método de investigação. Estudo desenvolvido no Serviço de Assistência Especializada em um município da Zona da Mata Mineira com seis jovens gestantes portadoras do HIV. Utilizou-se a entrevista fenomenológica, através da técnica da entrevista aberta e um questionário. A compreensão vaga e mediana permitiu elaborar o fio condutor num movimento da compreensão do vivido da gestação sendo soropositiva e a interpretação do sentido do que é ser mulher jovem convivendo com o HIV.A vivência da gestação sendo soropositiva se inicia com a lembrança da notícia da gestação como sendo um momento marcante, para algumas, de não aceitação, porém, às vezes, desejada e até mesmo planejada; convivem com a possibilidade de transmitir o vírus para os filhos, o que causa medo e insegurança, porém sabem que o uso correto do medicamento e a crença em Deus fortalecem a esperança da criança nascer saudável e até mesmo da cura. Na compreensão interpretativa desvelou-se o sentido do ser-aí no mundo em sua existencialidade, mostrando seu movimento no cotidiano, com experiências e sentimentos diversificados do seu ser no mundo com os outros, assumindo o lugar de protagonista de suas vivências, mostrando-se na dupla facticidade: ser jovem gestante e portadora do vírus. Demonstra que, às vezes, não queria estar grávida, mas aceita bem essa atual situação vivenciando alternância de sentimentos. No movimento de existir-sendo, vivenciam seu passado e sabem que não tem outro caminho a não ser, seguir ir em frente, se relacionam com seus pares, sua família, escola e comunidade, assumem a identidade impessoal, mostram-se como todas as gestantes e não divulga que tem o vírus. Vivem com-os-outros, o temor de ser rejeitada por ser soropositiva, mantendo o anonimato de sua sorologia. Projeta seu futuro, mostrando-se aberta às possibilidades da vida, como de qualquer outra jovem não soropositiva, porém com particularidades que a soropositividade lhe traz. Tem conhecimento sobre a doença e sabe dos benefícios do tratamento, não se sentem doentes, apesar de relatar os efeitos desagradáveis dos antiretrovirais.