Uso da metadona intravenosa na indução da anestesia para analgesia pós-operatória em cirurgias da coluna vertebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Antunes, Marcelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-29062023-135711/
Resumo: A dor aguda pós-operatória é um fenômeno recorrente, sendo preconizadas técnicas multimodais de analgesia no seu tratamento. A morfina é considerada o padrão-ouro entre os opioides utilizados para esse fim. As cirurgias da coluna vertebral cursam com importante dor no período pós-operatório, sendo que não existe um protocolo universalmente aceito e estabelecido que trate este sintoma de maneira eficaz e definitiva. A metadona, um opioide de ação longa, vem sendo estudada nesses pacientes em momentos e dosagens diferentes com relativo sucesso. Neste estudo utilizamos essas duas drogas de forma comparativa nos pacientes submetidos a cirurgia da coluna vertebral. Estudo prospectivo, randomizado e duplamente encoberto com 60 pacientes ASA I, II e III divididos em dois grupos: um que foi administrado metadona (0,2 mg/kg) e outro morfina (0,1mg/kg) na indução anestésica. No intraoperatório, os pacientes foram anestesiados com propofol (2 mcg/mL alvo-controlado), remifentanil (0,2 mcg/kg/min) e dextrocetamina (5 mcg/kg/min). Na sala de recuperação anestésica e na enfermaria utilizamos um dispositivo controlado pelo paciente (bomba de infusão tipo ACP) para administrar morfina em ambos os grupos para controle da dor. Foram registrados a dose total de morfina nas primeiras 24 horas, os efeitos colaterais, e o grau de satisfação com a analgesia. O consumo de morfina pós-operatório foi maior no grupo dos pacientes anestesiados com morfina na indução anestésica do que o grupo que utilizou a metadona. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos em relação à incidência de efeitos colaterais. O grau de satisfação da analgesia pós-operatória foi similar entre os grupos metadona e morfina. Nas cirurgias da coluna vertebral, a dor pós-operatória foi controlada de forma mais eficaz no grupo de pacientes que utilizou a metadona na indução anestésica do que no grupo que usou a morfina.