Avaliação estrutural, estereológica e biomecânica do efeito da aplicação do ultrassom no reparo da lesão lacerativa experimental do gastrocnêmio de rato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Piedade, Maria Cristina Balejo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-04112010-120001/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do ultrassom pulsado (USp) no reparo muscular em um modelo experimental de lesão lacerativa do músculo gastrocnêmio medial em ratos Wistar. Vinte ratos foram tratados diariamente com USp (50%), 1MHz, 0,57W/cm² de intensidade por 5 min. formando os grupos tratados (GT), e 20 animais constituíram os grupos controle (CG). A análise histológica, morfométrica (usando o método estereológico) e biomecânica (teste de tensão) foi realizada aos 4, 7, 14 e 24 dias após a lesão. As lesões apresentaram um padrão de reparo similar tanto nos GT como nos GC. Os volumes absolutos da lesão (VL) e das zonas central e de regeneração (VZC e VZR) diminuíram progressivamente ao longo do processo de reparo tanto nos GT como nos GC. No GT, o VL diminuiu significativamente em todos os dias experimentais, sendo que VZC uma diminuição significante aos 4 e 7 dias pós-lesão e o VZR aos 14 dias pós-lesão. A fração de volume de vasos sanguíneos e a fração de superfície de vasos sanguíneos foi maior nos GT aos 4 e 7 dias pós-lesão em relação aos respectivos controles. Apesar de haver uma tendência a um maior volume absoluto de vasos sanguíneos nos GT, a análise estatística mostrou que existe uma maior volume de vasos somente aos 4 dias pós-lesão. Não houve diferença significante na área de superfície total de vasos sanguíneos na lesão quando se comparam os grupos entre si. Houve um aumento significante na fração de volume de fibras de colágeno na lesão nos GT aos 4,7 e 14 dias pós-lesão. Houve um aumento significante na tensão máxima e na rigidez nos GT aos 4 e 24 dias após a lesão. Não houve diferença significante na deformação relativa entre GC e GT. Os resultados sugerem que o USp otimiza a fase inflamatória e estimula as fases proliferativa e de remodelamento, promovendo uma diminuição mais acentuada no volume da lesão, estimulando a angiogênese, assim como, a deposição e a organização do colágeno fibrilar. Os achados histológicos corroboram com os achados biomecânicos, que mostram que os músculos tratados pelo USp tiveram propriedades biomecânicas mais parecidas com as do músculo íntegro