Hormônios esteroides como mediadores alostáticos e reprodutivos na Corujinha-do-mato (Megascops choliba)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Moyano, Heriberto Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCR
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-24102022-092758/
Resumo: As aves de rapina exercem um efeito estabilizador nos ecossistemas controlando a população de roedores e insetos, contribuindo desta forma na manutenção de altos índices da biodiversidade. Apesar da importância ecológica destas aves, seus processos neuroendócrinos responsivos aos fatores ambientais são pouco conhecidos. Neste contexto, foram estudadas corujas adultas da espécie Megascops choliba em três vertentes: dosagem hormonal, expressão gênica e comportamento, separando as hipóteses e seus respectivos resultados em cinco capítulos. Os dados endócrinos correspondem a aves avaliadas em cativeiro. Para este fim, amostras de sangue e fezes das corujas foram analiticamente processadas, e os níveis dos hormônios esteróides foram determinados por métodos de imunoensaio enzimático (EIA). Os esteroides estudados foram corticosterona (B), estradiol (E2), testosterona (T) e seus respectivos metabólitos: glicocorticoides (MGC), estrógenos (ME) e andrógenos (MA). Os EIA foram validados analítica e fisiologicamente para M. choliba. A variabilidade nos níveis de MGC foi comprovada estatisticamente, identificando-se a influência de fatores externos ambientais, como o fotoperíodo, e fatores internos, como o temperamento e o padrão de atividade comportamental. No entanto, não foi identificada diferença significativa nos níveis de MGC relacionadas ao sexo. A sazonalidade reprodutiva dos machos foi comprovada por conta dos significativos aumentos serológicos de T (julho-agosto), os quais coincidiram com a presença de espermatozoides. Ainda que duas fêmeas tenham apresentado valores de pico de E2 nos meses de setembro e outubro, não foi observado eventos de postura. Análises de expressão gênica de aromatase e receptores de andrógenos (AR) e estrógenos (ESR1 e ESR2) foram descritos por técnicas de PCR no tecido testicular e hipotalâmico de machos coletados de vida livre. Um menor número de transcritos de AR e ESR1 foram descritos no tecido testicular reprodutivo, conforme o registrado em outras espécies de aves com reprodução sazonal. Acredita-se que as informações geradas neste documento ajudem a estabelecer protocolos em programas de manutenção e reprodução de aves rapinantes em cativeiro.