Hematologia, pesquisa de hemoparasitos e mensuração da atividade de colinesterases plasmáticas em Falconiformes e Strigiformes do Estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Dias, Ticiana Martins Zwarg Simões
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-15122011-143316/
Resumo: Foram coletadas 137 amostras sanguíneas de 132 espécimes diferentes, pertencentes a sete espécies de Strigiformes (n=92) e onze espécies de Falconiformes (n=45), entre os meses de setembro de 2008 e julho de 2009. As amostras foram submetidas a hemograma completo, pesquisa de hemoparasitos através da avaliação do esfregaço sanguíneo, sexagem através da técnica de PCR e mensuração da atividade de colinesterases plasmáticas através do método de Ellman (1961). Apenas sete corujinhas-do-mato (Megascops choliba) apresentaram hemoparasitos (5,3 % do total de rapinantes). Houve diferença significativa conforme o estado de saúde da ave, sendo que a todos os animais clinicamente hígidos não estavam infectados, porém 20,4% dos animais com desordens clínicas apresentavam hemosporídeos. Quantitativamente, a parasitemia mediana dos animais infectados foi de 3,8 hemácias parasitadas por 10.000 hemácias, um índice de infecção relativamente baixo. A grande maioria dos parâmetros hematológicos não apresentou diferenças estatísticas em função da presença ou ausência de hemoparasitos, o que na maioria dos casos caracterizou uma infecção branda e pouco patogênica. A atividade de colinesterases plasmáticas apresentou uma distribuição normal, com uma média geométrica de 0,8333 micromoles/mL e desvio padrão geométrico de 1,7087 µmols/mL. A atividade de colinesterases plasmáticas apresentou diferenças estatísticas significativas entre Falconiformes (0,5705±1,6497 µmols/mL) e Strigiformes (1,0070±1,5620 µmols/mL). Não houve diferenças significativas entre machos ou fêmeas e adultos ou jovens dentre os Falconiformes ou Strigiformes. Falconiformes não hígidos apresentaram valores surpreendentemente mais baixos do que os clinicamente hígidos. Entre os Strigiformes, os espécimes de cativeiro apresentaram valores mais baixos de atividade de colinesterases plasmáticas do que os de vida livre. A atividade de colinesterases plasmáticas foi significativamente diferente entre os animais com hemoparasitos (mediana geométrica = 2,0132 µmols/mL) e sem hemoparasitos (mediana geométrica = 0,8331 µmols/mL). Este estudo contribui com informações relevantes sobre a ocorrência de hemosporídeos em aves de rapina do Estado de São Paulo, alertando as Instituições sobre a necessidade de monitoração destes protozoários sanguíneos. Além disso, contribui com dados inéditos sobre a atividade de colinesterases plasmáticas em rapinantes.