Efeito de um programa educativo na realização de atividade física em indivíduos submetidos à primeira intervenção coronária percutânea: ensaio clínico aleatorizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pitta, Natássia Condilo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-18032021-100624/
Resumo: Introdução. A doença arterial coronariana (DAC), principal causa de morte no Brasil em adultos, requer implementação de medidas de promoção da saúde direcionadas para prevenção primária e secundária. Programas educativos, focalizados nas mudanças de estilo de vida, incluindo a realização de atividade física, constituem importante medida para a prevenção de doenças cardiovasculares. Objetivos. Comparar o efeito de um programa educativo, que incluiu orientações sobre reabilitação cardiovascular focadas na atividade física e reforço por telefone, durante o período da internação (T0 - abordagem inicial) a cinco a sete meses após a alta (T1 - seguimento) de pacientes submetidos à primeira intervenção coronária percutânea (ICP) com o serviço de rotina hospitalar. Método. Ensaio clínico controlado e aleatorizado. Foram incluídos pacientes que realizaram a primeira ICP, maiores de 18 anos e que dispunham de linha telefônica. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e registrado no sistema ClinicalTrials.gov. Em T0 todos os participantes responderam aos instrumentos de caracterização sociodemográfica e clínica, Questionário de Atividade Física Habitual de Baecke (QAFH-Baecke), Escala de Autoeficácia para a Prática de Atividade Física, Estado de Saúde Percebido (SF-36) e Sintomas de Ansiedade e Depressão (HADS). Após a aleatorização, participantes do grupo intervenção (GI) receberam o programa educativo, fundamentado na Teoria Social Cognitiva, focado na atividade física, com uso de cartilha e seguimento telefônico (três contatos). O grupo controle (GC) recebeu informações conforme a rotina na alta hospitalar. Em T1, todos os participantes responderam novamente aos instrumentos. Foram realizadas análises descritivas, teste de Mann-Whitney para todas as variáveis e análise univariada de covariância (ANCOVA) para as medidas de atividade física habitual e autoeficácia para atividade física. Foi utilizado o teste de Wilcoxcon para comparar as medidas intragrupo dos desfechos estado de saúde percebido e sintomas de ansiedade e depressão. O nível de significância adotado foi de 0,05. Resultados. Os participantes do grupo intervenção apresentaram escores mais altos para a prática de atividade física habitual e autoeficácia para a atividade física do que os participantes do grupo controle em T1 (p <0,001). Na análise univariada de covariância (ANCOVA), constataram-se que as diferenças nos níveis de atividade física habitual e autoeficácia para atividade física resultaram da implementação do programa educativo (F [1,106]=9,05, p<0,001). Não houve diferença, entre GC e GI, em relação ao estado de saúde percebido e sintomas de ansiedade e depressão em ambos os períodos. Na comparação intragrupo dessas medidas, observou-se aumento das medianas dos escores do Sumário do Componente Físico do SF-36 e dos sintomas de ansiedade nos dois grupos em T1 (p<0,001). Conclusão. O programa educativo foi efetivo em aumentar a atividade física habitual e autoeficácia para a prática de atividade física em indivíduos com DAC submetidos à primeira ICP, na avaliação do seguimento.