Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Giulia Karnauchovas Porto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-06122021-143746/
|
Resumo: |
Introdução: Cerca de 10,6% das gestações apresentam um desfecho de parto pré-termo (PPT), sendo ele a principal causa de mortalidade e morbidade infantil. O fator predominantemente associado a este desfecho adverso é a infecção materna, com destaque à infecção por micoplasmas genitais, como Mycoplasma hominis (Mh) e Ureaplasma spp. Por serem bactérias que constituem naturalmente a microbiota genital a associação entre esses microrganismos e o PPT ainda é controversa. Objetivo: Avaliar, em gestantes de uma coorte prospectiva, a prevalência das infecções por Mh e Uu e a associação desta infecção no desfecho gestacional de PPT. Métodos: Esta coorte constitui parte do projeto BRISA e foi acompanhada em Ribeirão Preto-SP, durante 2010/2011. Foram recrutadas gestantes com 20-25 semanas que realizaram entrevistas para coleta características de base, coleta de sangue para análise de mediadores imunológicos e coleta de amostras cervicovaginais para o diagnóstico de infecção pelo kit Mycoplasma IST 2 (bioMérieux) e escore de Nugent. A associação entre a infecção por Mh/Uu e características sociodemográficas, histórico clínico, disbiose vaginal e desfecho de PPT espontâneo (PPTe) foi investigada através da análise exploratória por Teste Qui-quadrado, seguida por análise de regressão logística univariada e multivariada. Resultados: Foram incluídas 1.349 gestantes e a prevalência de PPT foi de 9,2% (n=124), sendo que 71,8% (n=89) deles foram classificados como espontâneos (PPTe). Para a análise final do estudo foram incluídos apenas os PPTe e os parto termo (PT) (n=1.225), totalizando 1.314 gestantes analisadas. A prevalência de infecção por micoplasma genital foi de 18% (n=236), não sendo encontrada associação entre a infecção e o desfecho de PPTe (ORa 0,66; IC 95% 0,32 - 1,35). No entanto, as gestantes com histórico de PPT anterior (ORa 1,16, IC 95% 0,55 - 2,44) e comprimento de colo ≤ 2,5 cm (ORa 3,97, IC 95% 1,67 - 9,47) apresentaram um risco significativamente maior de terem PPTe. Em relação à infecção, a presença de vaginose bacteriana (VB) foi a variável que mais conferiu risco à este desfecho (OR 5,1; IC 95% 3,58 - 7,28). Conclusão: O risco de PPTe esteve independentemente associado à um histórico de PPT em gestações anteriores e um comprimento de colo ≤ 2cm, mas não à infecção por micoplasma genital. |