Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gabriela Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59141/tde-18122017-101524/
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Resumo: |
O cuidado às famílias das/os usuárias/os dos serviços de saúde mental é aspecto valorizado pelo modelo de atenção biopsicossocial e importante para efetivação da Reforma Psiquiátrica brasileira. Apesar disso, ainda é um desafio no cotidiano dos serviços. Para atender a esta necessidade, a literatura aponta a Educação Permanente em Saúde (EPS) como um recurso para o desenvolvimento desse cuidado, junto às/aos profissionais de saúde. Esta pesquisa tem como objetivo geral entender como o processo conversacional contribui para o desenvolvimento da proposta da EPS e para a formação profissional para o cuidado às famílias de usuários/as de serviços de saúde mental. Para tanto, foram realizados dois processos formativos, com base na proposta da EPS, com dois grupos de profissionais de dois serviços públicos de saúde mental de um município de médio porte do estado de São Paulo. Ao todo, 18 profissionais participaram da pesquisa. A partir desses encontros, as conversas foram gravadas, transcritas e analisadas, utilizando a perspectiva construcionista social como guia teórico-epistemológico. A análise foi realizada com os seguintes objetivos específicos: identificar momentos críticos na interação, como marcos do processo conversacional, que indicam a ocorrência de reflexões e transformação de sentidos com relação à prática com famílias em saúde mental; analisar o uso de Registros Reflexivos como recursos conversacionais para a promoção de reflexões e transformação de sentidos. Com isso, cada um dos processos de EPS realizados foi nomeado a partir de características do seu processo conversacional e, para cada um deles, momentos críticos foram delimitados. No processo Caixa de marimbondo as conversas do grupo em torno das dificuldades do trabalho com famílias provocaram na facilitadora um sentimento de paralisação que, quando explicitado, gerou um momento crítico que permitiu ao grupo refletir sobre os espaços de reunião e seus efeitos. Já no processo Primavera entre os dentes as conversas sobre diferentes questões relacionadas ao cuidado às famílias promoveram transformações de sentido relacionadas à importância do trabalho desenvolvido pelas profissionais, à possibilidade de participação das famílias, à prática interdisciplinar e à importância do processo de EPS desenvolvido. Com isso, é destacada a centralidade do processo conversacional para que a EPS ocorra, sustentando a tese de que a facilitação pautada na responsividade fornece a base para construção de contextos de formação para o trabalho com famílias em saúde mental. |