Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Angelini, Carina Fernanda Robles |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-27022008-150511/
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Resumo: |
O processo de transformação das ações no campo da saúde mental no Brasil tem se configurado como um grande desafio a todos os atores sociais envol vidos. As múltiplas significações da loucura, os conceitos de saúde-doença, os modelos de organização da rede assistencial, a (des)alocação de recur sos, a preparação dos profissionais para o novo projeto tecno-político, deter minam condutas e norteiam decisões com relação à promoção do cuidado em saúde mental. Novas tendências apon tam para a importância de ações cons truídas a partir de seu contexto, volta das a comunidades. Dessa forma, a construção de novos dispositivos para o cuidado ao doente mental, como a implan tação dos CAPS, propôs a reorganiza ção do cuidado, a implantação da Es tratégia Saúde da Família o fez em rela ção ao cuidado à saúde de forma abran gente. Estes dois dispositivos devem integrar-se numa rede articulada sob a lógica do cuidado coordenado, humani zado, territorializado, paciente-centrado, não sendo suficiente a mera mudança física dos locais das práticas assisten ciais. Assume-se que é preciso sair dos fundamentos rígidos para as flexibilida des, da especialidade profissional isola da para o conhecimento interdisciplinar colaborativo. Nessa reconstrução as falas dos trabalhadores ganham valor fundamental e o construcionismo social oferece condições para se conhecer o modo como as pessoas constroem sentidos no contexto onde realizam suas práticas. Objetivo: compreender os sentidos sobre o cuidado ao portador de transtorno mental grave, construídos por uma equipe de saúde da família. Método: Foi áudio-gravada uma sessão de Grupo Focal com a equipe de saúde da família na cidade de Araraquara (SP), de onde procede o maior número de encaminhamentos de pacientes para o CAPS. Para análise dos dados foi utilizado o Construcionismo Social como referencial teórico-metodológico. A sessão de grupo foi transcrita e junto ao diário de campo, constituíram a base de dados. Construiu-se um Mapa de Associação de Idéias baseado na transcrição do grupo focal, utilizando-se categorias de análise e eixos temáticos. Resultados: A análise descreveu senti dos acerca das noções que vem sustentando as práticas de cuidado ao portador de transtorno mental em uma equipe de saúde da família. Verificou-se que, a multiplicidade de sentidos favore ce a desnaturalização de discursos fixos sobre o doente mental grave se seu cuidado na Atenção Básica. Considerações finais: A construção conjunta aponta possibilidades de transformação do cuidado àqueles que, historicamente, tiveram a si mesmos e seus cuidados excluídos dos serviços de saúde e do mundo social. |