Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Mori, Robson Hideki |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8157/tde-28022023-185124/
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Resumo: |
A naturalização do bom desempenho educacional de estudantes nipo-brasileiros integra o imaginário nacional. Haja vista a associação direta, propomos identificar como o estereótipo positivo foi construído, consolidado e perpetuado. A hipótese é de que a expectativa gerada pelo estereótipo foi criada junto à narrativa de minoria modelo, em um contexto de suposta democracia racial no Brasil, e reforçada tanto por descendentes como não descendentes. A consolidação do estereótipo será averiguada pela exposição da representação que se faz do estudante nipo-brasileiro em obras celebrativas da imigração japonesa e nos jornais impressos, do período posterior à Segunda Guerra Mundial até o início do século XXI (década de 1970 a 2010). Entendemos que o estereótipo positivo influencia negativamente a construção identitária de parcela dos estudantes nipo-brasileiros que podem não atender à expectativa criada. O contraditório efeito do estereótipo sobre o perfil específico de estudante reflete a condição paradoxal de nipo-brasileiros no contexto das relações étnico-raciais do país: são indivíduos, ao mesmo tempo, temidos (perigo amarelo) e admirados (minoria modelo). Entender a construção, a consolidação e a perpetuação do estereótipo nas contínuas gerações de estudantes nipo-brasileiros nos faz questionar a interpretação, empreendida pelo senso comum, de grupo étnico-racial homogêneo e exemplar. Ademais, a reflexão do estereótipo de nipo-brasileiros colabora para o debate sobre a formação da identidade nacional e, derradeiramente, para necessária crítica à suposta democracia racial presente no país. |