O ser e o tempo no drama racional poético La tumba de Antígona, de María Zambrano

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Campos, Mariana Funes de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Antígona; Confession; Confissão; María Zambrano; Poetic reason; Razão poética
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-14112024-095247/

Na obra de María Zambrano (Vélez-Málaga, 1904 Madrid, 1991), a presença de questões filosóficas, constante, e a também incessante preocupação estética questionam os limites estanques entre a literatura e a filosofia. Nossa tese se apresenta como uma proposta que parte de um recorte temático e temporal no vasto universo descortinado pela autora, com o propósito de explorar o texto metaliterário e metafilosófico que diz respeito à sua contribuição tanto ao pensamento poético quanto filosófico que é a razão poética. Percorremos os caminhos da autora desde a gênese da razão poética, passando pela confissão como gênero literário e método, e pela fenomenologia dos sonhos que diz respeito à fenomenologia do tempo de Zambrano. A admirável obra La tumba de Antígona surge como a consumação da razão poética. Ademais, analizamos como a escrita híbrida de Zambrano é determinante para a assimilação do processo vital vivenciado pela escritora em razão da Guerra Civil Espanhola e posterior exílio, em particular, e para a clareza da condição constitutiva do ser humano em ser um exilado a priori, em geral desde a perspectiva metafísica. Logo, pretendemos estabelecer um diálogo entre conceitos literários e filosóficos que remontam à aurora do pensamento ocidental, detendo-nos em alguns períodos específicos por representarem importantes inflexões no entendimento hespérico, e por atuarem como alicerce da obra dramática de María Zambrano