Razão poética e mito em La tumba de Antígona de María Zambrano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Funes, Mariana [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/115572
Resumo: A obra La tumba de Antígona (2012), da filósofa espanhola María Zambrano, se constrói por intermédio da razão poética – termo que nomeia o centro do pensamento zambraniano. Tratase de uma das poucas obras literárias da autora, reconhecida por sua produção ensaística de natureza filosófica. Através da ressignificação do mito da Antígona, de Sófocles, a pensadora outorga um novo destino à heroína, segundo a sua concepção do trágico, concedendo a possibilidade para que haja a anagnórisis da personagem antes de sua morte, reconhecimento esse que, da perspectiva zambraniana, fora relegado por Sófocles. Antígona é concebida recorrendo à razão poética, a qual se vale das esferas da poesia e do conhecimento, que é, em si, libertadora e criadora do real. O objetivo desta dissertação se centra, portanto, no intento de averiguar a forma como a pensadora malaguenha converge essas duas instâncias, separadas desde Platão, explorando, além do cisma platônico, a remitologização e a linguagem poética. Ademais de esquadrinhar a construção da heroína, que retrata tanto a esfera individual (dimensão ética), quanto a coletiva (dimensão política), realizaremos uma investigação no plano histórico concernente à origem da Antígona zambraniana, o que garante um forte sentido autobiográfico ao texto. Será analisado, portanto, a maneira pela qual se erige a Antígona de Zambrano que é, essencialmente, a personificação do método zambraniano da razão poética em sua completude