Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Franco, Wilson de Albuquerque Cavalcanti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-19032013-114114/
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo abordar a forma como se constelaram as angústias de influência para que Winnicott se tornasse o autor que conhecemos em resumo, como se passou a autorização de Winnicott. Suponho que a obra escrita de um autor é a ponta visível de um processo que denominei autorização; a ideia é que todo autor lida, em alguma medida, com angústias associadas à significação que o escrever e/ou o ser-autor assumem para ele. Essa autorização conflui, do ponto de vista assumido aqui, com um reconhecimento e uma afirmação de si perante os pares e as figuras de autoridade que retomam, na chave do grupo de destino da escrita do autor, as questões que a criança tem na fase edípica; tal leitura remonta em muito ao tema da angústia de influência, trabalhada por Harold Bloom, e ao testemunho que Ronald Britton oferece da mesma problemática em relação ao meio psicanalítico. No caso singular de Winnicott, considero o processo de autorização como estando muito relacionado à busca por autenticidade; esta, por sua vez, é entendida como associada ao próprio reconhecimento da existência e da legitimação das formas singulares de afirmação do autor. À sua maneira, Winnicott parece colocar em novos termos a questão em torno da autoridade, na medida em que subverte a problemática da submissão a uma lei maior que funcionaria como tabu a questão passaria por criar uma via própria, singular, por equacionar os imperativos estabelecidos, mas, nesse mesmo gesto de reconhecimento, ele incute uma inovação. A formulação final a que chego, tendo em vista esses aspectos, é que a liberdade de leitura ou a incorporação criativa da tradição ocupam em Winnicott o lugar que a infelicidade cotidiana ou a aceitação da castração assumem em Harold Bloom; na autorização winnicottiana, a liberdade e a idiossincrasia parecem ocupar o lugar que, na triangulação edípica, compete ao pai formulação certamente paradoxal, mas que busca fazer justiça ao pensamento do autor |