Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Durski, Ligia Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-07102016-135821/
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Resumo: |
Dois foram os pontos disparadores desta tese: 1) a consideração do acontecer humano pelo vértice da criatividade, que concebe que a existência experiencial do humano ocorre no espaço entre a realidade subjetivamente criada e a realidade objetivamente percebida, fazendo com que a criatividade se relacione com a possibilidade de sentir a vida como real e como digna de ser vivida; 2) a problemática referente à emergência de processos criativos na clínica psicanalítica. A partir do estudo e aprofundamento sobre quais seriam as bases que sustentam os dois referidos pontos, aproximei-me do conceito de espaço potencial winnicottiano que, em linhas gerais e nos termos do desenvolvimento emocional primitivo, designa uma área de afetação mútua entre mãe/bebê. O conceito assinala também um campo intermediário, uma terceira área da experiência associada aos fenômenos e objetos transicionais que se relaciona com a perpétua tarefa humana de manter as realidades interna e externa separadas, ainda que inter-relacionadas. Área intermediária, fora da qual não há a ilusão do contato necessária para o alcance do sentimento de realização de si. No contexto da clínica, a pertinência dessa área, de um espaço entre analista/analisante, despontou questões referentes ao manejo clínico, à sensibilidade do/a analista e ao estabelecimento da relação (contra)transferencial. Como resultado do esclarecimento de elementos inerentes e/ou daí decorrentes, adveio a proposição da Dimensão Sensível. Os fatores elencados nesta tese, para sua descrição, foram: a conquista da confiança; sinceridade; espelhamento; disponibilidade e devoção; preocupação/concern; empatia e brincar compartilhado. O problema de pesquisa surgiu, pois, de minha experiência clínica e meus principais autores de referência e diálogo foram Sándor Ferenczi e Donald W. Winnicott. O trabalho está dividido em quatro partes, sendo que as três primeiras se constituíram no sentido de esclarecer o que nomeio de espaço entre analista/analisante, espaço que funciona como sustentação da proposição da Dimensão Sensível e que anuncia, em termos de direção do tratamento, o encontro com a alteridade. A quarta e última parte do trabalho objetivou a descrição propriamente dita da Dimensão Sensível a partir de fatores que nela incidem e/ou dela advém (fatores acima elencados). Em síntese, com a Dimensão Sensível, sublinhei a importância do/a analista estar-com o outro/paciente em comunidade de destino, uma vez que tal é a própria condição do devir humano |