Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Jordão, Heloisa Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-05102020-153603/
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo descrever e analisar práticas de produção de textos escritos por alunos recém-alfabetizados com o uso do computador e do editor de textos. Considerando que alunos desta etapa de escolarização apresentam características únicas, apontamos problemas de três naturezas: i) a representação ortográfica das palavras, ii) o domínio da competência gráfico-técnica e iii) os saberes vinculados aos encadeamentos entre palavras e frases que irão compor o texto final (SOARES, 2003). Amparados nos estudos desenvolvidos por Frade (2011b) e Frade e Galvão (2016), temos como hipótese que a materialidade dos instrumentos de escrita envolve uma correspondência física e mental por parte do escrevente e, consequentemente, as transformações nas tecnologias para inscrever acarretam no domínio de novos gestos e relações com a cultura escrita, o que implicaria a necessidade de promover, em aulas de língua materna, o ensino desses novos gestos que constituem o saber-fazer dos escritores da atualidade. Com o intuito de subsidiar a reflexão sobre a influência dos instrumentos de escrita nas práticas sociais e escolares apresentamos uma retrospectiva histórica do ensino da escrita na escola com foco nos materiais disponíveis para inscrever e receber a escrita. (TANK de ESTRADA, 1988, 1990; A.M. CHARTIER, 2007, 2011, 2016; RAZZINI, 2008). Apoiados em Soares (2016), Barbeiro e Pereira (2011) e Calil e Pereira (2018), abordamos as especificidades do ensino da produção de textos por alunos em processo do desenvolvimento de automatismos gráficos e ortográficos da escrita e discutimos inserção dos artefatos digitais em contextos escolares (DUDENEY, HOCKLY, PEGRUM 2016). Os dados foram gerados em situações reais de ensino desenvolvidos em uma escola pública, caracterizando um estudo qualitativo, optamos pela abordagem microgenética em uma perspectiva enunciativa para analisar os comentários feitos por alunos recém-alfabetizados durante a produção de texto em tela (GÓES, 2000). Os resultados indicam que o desenvolvimento da produção de textos para alunos recém- alfabetizados depende, no âmbito linguístico, de tarefas que fomentem o desenvolvimento de competências relacionadas a reflexão metalinguística no nível lexical e gramatical. No âmbito técnico-gráfico, o uso de computadores e editores de textos envolvem novos gestos que precisam ser considerados como novos objetos de ensino. Constatou-se que alunos com melhor domínio de escrita detinham um pequeno conjunto de conhecimentos acerca do uso dos periféricos e do software. Já os alunos com dificuldades na escrita apresentaram pouca familiaridade no manejo dos instrumentos o que acarretou problemas ainda mais complexos no desenvolvimento de suas produções escritas. |