Contribuições das habilidades metalinguísticas na leitura contextual: consciência fonológica e morfossintática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Guimarães, Silvia Brilhante lattes
Orientador(a): Mota, Márcia Maria Peruzzi Elia da lattes
Banca de defesa: Rodrigues, Marisa Cosenza lattes, Soares, Adriana Benevides lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2615
Resumo: A leitura é uma atividade bastante complexa, na qual estão envolvidos diferentes mecanismos como a identificação das letras, o de reconhecimento das palavras e de seus significados, bem como, a interação sintática e semântica. Nesse sentido, estudos veem investigando os papéis das habilidades metalinguísticas como a consciência fonológica e a consciência morfossintática no desenvolvimento da leitura. Serão examinadas duas hipóteses: a primeira, enfatiza que a leitura contextual envolve tanto o processamento fonológico como o morfossintático, porque as pistas contextuais podem ajudar a criança a adquirir as regras de correspondência entre letra e som. A segunda hipótese sugere que apenas as pistas sintático semânticas são utilizadas na leitura contextual no português. Nesse sentido, espera-se correlações significativas e positivas entre consciência morfossintática e reconhecimento de palavras no contexto, mas não com a consciência fonológica. Participaram 134 crianças, de ambos os sexo, entre 6 e 11 anos pertencentes ao projeto “Avaliação Psicométrica de medidas de consciência metalingüística” do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Desses estudantes, 73 (54,5 %) eram do sexo feminino e 61 (45,5%) do masculino, sendo que 30 (22,4%) crianças freqüentavam o segundo ano, 52 (38,82%) o terceiro ano e 52 (38,82%) o quarto ano. Os dados foram coletados em quatro escolas públicas de Juiz e Fora no 2º semestre de 2009. Foram aplicadas tarefas de consciência fonológica (roteiro de consciência fonológica) e de consciência morfossintática (analogia flexional, analogia derivacional e replicação identificação do erro e replicação oral), além do TDE: subteste de leitura, para medida de leitura de palavras isoladas e do teste de Cloze como avaliação de leitura contextual. Também foi utilizado o WISC III: subteste de vocabulário como medida de controle. As aplicações das tarefas e testes selecionados ocorreram em locais reservados nas próprias escolas e foram organizados em quatro momentos: três individuais e um coletivo. As aplicações aconteceram em aproximadamente 50 minutos para cada encontro. Na análise dos dados foram utilizados teste de correlação e regressão. Os resultados obtidos ofereceram evidências empíricas de que tanto os processamentos fonológicos quanto os morfossintáticos estão associados e contribuem de forma independente para a leitura de textos. Essas análises permitem constatar que no Português do Brasil, tanto a consciência fonológica como a morfossintática são recursos importantes para a leitura de textos.