Cinema amador brasileiro: história, discursos e práticas (1926-1959).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Foster, Lila Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-10032017-164617/
Resumo: A tese \"Cinema amador arasileiro: história, discursos e práticas (1926-1959)\" tem como objetivo principal mapear historicamente o surgimento das atividades cinematográficas amadoras no Brasil, por meio da consulta a fontes documentais e filmes preservados em arquivos. Tema ainda inexplorado pela historiografia do cinema brasileiro, o primeiro passo do nosso estudo foi a própria constituição do campo. Para tanto, partimos da análise histórica do surgimento da figura do amador e sua relação com as questões da modernidade nos séculos XIX e XX até chegarmos ao lançamento dos equipamentos específicos para o público cineamador na década de 1920. A formação desse novo mercado e público consumidor também propiciou a convivência de diversas formas de produção e espaços de prática, como a feitura de filmes de família no ambiente doméstico, a produção de ficções e documentários em clubes de cinema e a experimentação artística. Adotamos esses três eixos da produção amadora como base para pensarmos os primeiros anos do cinema no Brasil e algumas dessas manifestações em filmes preservados em arquivos. A partir desse primeiro percurso histórico, centramos a nossa análise na prática amadora institucionalizada, qual seja, de grupos de amadores que se organizaram como uma comunidade cultural em diálogo. As colunas de amadores de Cinearte são o primeiro indício desta cultura amadora no Brasil. A revista será uma porta-voz brasileira desta transformação, não só pela divulgação sobre os equipamentos dedicados exclusivamente ao nicho amador, como também uma fonte extremamente rica sobre os deslizamentos do termo amador e sua especificidade no tocante ao contexto brasileiro. O segundo momento privilegiado de análise são as atividades do Foto-Cine Clube Bandeirante, a partir de 1945. A pesquisa sobre as atividades do clube se centrará na análise das colunas cineamadoras publicadas no Boletim Foto-Cine, onde encontramos informações sobre os diversos concursos organizados e a relação do departamento cinematográfico com outras instituições culturais do período. As discussões sobre a fotografia moderna e o trabalho de fotógrafos como Thomaz Farkas também permearam a seara amadora e servem como base para pensarmos em amadores dedicados à experimentação cinematográfica.