Comparação do posicionamento do túnel tibial na reconstrução do ligamento cruzado anterior com e sem a preservação do remanescente: um estudo comparativo prospectivo com tomografia computadorizada tridimensional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Padua, Vitor Barion Castro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-02062023-151758/
Resumo: INTRODUÇÃO: A preservação do remanescente durante a reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) é controversa. A técnica pode conferir várias vantagens, mas não está claro se o remanescente ajuda ou atrapalha o posicionamento do túnel tibial. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar o posicionamento do túnel tibial entre a técnica de preservação do remanescente com a não preservação. A hipótese é que o uso da técnica de perfuração totalmente dentro do remanescente do LCA não compromete o posicionamento do túnel tibial, determinado pela tomografia computadorizada tridimensional pós-operatória (TC-3D). DESENHO DO ESTUDO: Estudo prospectivo de coorte; Nível de evidência, 3. MÉTODOS: Entre outubro de 2018 e dezembro de 2019, os pacientes que passaram pela reconstrução da LCA foram submetidos à cirurgia com técnica de preservação remanescente (Grupo 1) se tivessem remanescente do LCA presente (>50% de comprimento nativo da LCA), ou submetidos à retirada e limpeza dos restos do LCA e utilização de marcos-padrão para posicionamento de túnel tibial (Grupo 2 - controle). Após o procedimento, a localização do túnel foi avaliada pela TC-3D. As mensurações foram realizadas em relação à distância do centro do túnel tibial até a borda medial e a borda anterior da tíbia em relação à maior distância anteroposterior (AP) e mediolateral (ML) das dimensões totais tibial visualizada na TC-3D e expressas em percentuais e os túneis foram classificados como anatômicos ou não anatômicos. Especificamente, se o centro do túnel tibial estivesse entre 30% a 55% de anterior a posterior, e entre 40% a 51% de medial para lateral, era classificado como posicionamento anatômico. RESULTADOS: 52 pacientes foram incluídos no estudo (26 em cada grupo). As posições médias do túnel foram de 36,8 5% AP e 46,7 2,9% ML no grupo 1, e no grupo 2 foram 35,6 4,8% AP e 47,3 2,3% ML. Não houve diferenças significativas nas posições médias de túnel AP (p=0,134) e ML (p=0,098) entre os grupos. A confiabilidade inter e o intraobservador variou entre moderado a excelente e bom a excelente, respectivamente. Não houve diferença significativa na taxa de mal posicionamento entre os grupos (grupo 1, 7,7%; grupo 2, 11,5%; p=1.000). CONCLUSÃO: A perfuração inteiramente dentro do remanescente tibial do LCA, usando uma técnica de preservação dos restos ligamentares, não apresentou diferença em relação ao posicionamento do túnel tibial determinado pela TC-3D pós-operatória, quando comparada à remoção total dos remanescentes do LCA e utilização de referências-padrão