Correlação entre alterações do ligamento anterolateral na ressonância magnética e sinais clínicos de instabilidade ao exame físico sob anestesia em pacientes com lesão aguda do ligamento cruzado anterior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Helito, Paulo Victor Partezani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-02052022-085935/
Resumo: Introdução: o ligamento anterolateral (LAL) é um estabilizador secundário do joelho, contribuindo para a estabilidade rotacional em sinergia com ligamento cruzado anterior (LCA). A avaliação por imagem do LAL é realizada principalmente por ressonância magnética (RM), sendo capaz de identificar o LAL normal e alterado. Em pacientes com rotura de LCA, a avaliação do LAL por RM pode ser útil no planejamento cirúrgico de reconstruções do LCA por estar associada a maiores graus de instabilidade aos testes clínicos realizados com o paciente anestesiado no momento da cirurgia. Métodos: estudo retrospectivo incluindo 95 pacientes com rotura do LCA submetidos a RM na fase aguda da rotura (<3 semanas do trauma). Dois avaliadores acessaram o LAL por RM, classificando como normal, anormal sem descontinuidade ou anormal com descontinuidade. Um dos avaliadores também avaliou lesões em outras estruturas ligamentares do joelho e nos meniscos. Resultados de testes de instabilidade (Pivot Shift e Lachamnn) com o paciente anestesiado para reconstrução artroscópica do LCA foram obtidos de prontuários e descrições cirúrgicas dos pacientes. A análise estatística foi realizada no IBM SPSS 22. Para avaliação da relação entre as anormalidades do ligamento anterolateral com os testes de instabilidade foi utilizado o teste Exato de Fisher. O LAL também foi avaliado estatisticamente de forma dicotômica (sem anormalidade e com anormalidade). Os testes de Pivot Shift e Lachman foram agrupados em graus baixos (0,I) vs altos (II,III) para análise. Um modelo logístico para avaliar o peso de todas as variáveis analisadas com os resultados do teste de Pivot Shift foi realizado. Resultados: as alterações do LAL, do trato iliotibial (TIT) e dos ligamentos colaterais lateral (LCL) e medial (LCM) na RM apresentaram associação estatisticamente significativa com o teste de Pivot Shift. O LAL dicotomizado em normal e anormal apresentou associação com teste de Pivot Shift de alto grau (p<0,0005), com razão de chance de 55,9 (IC 95%: 14,3 a 218,0) para graus altos de Pivot Shift em pacientes com LAL anormal a RM. O LAL também apresentou associação estatisticamente significativa com teste de Lachman de alto grau (p=0,013), com razão de chance de 5,1 (IC 95%: 1,3 a 19,6) para graus altos do teste de Lachman em pacientes com anormalidade do LAL na RM. O modelo logístico de todas as variáveis analisadas para os resultados do teste de Pivot Shift demonstrou que o LAL dicotomizado foi a única variável com associação estatisticamente significativa no modelo (p<0,0005) e demonstrou uma razão de chance de 81,0 (IC 95%: 9,7 a 675,2). Conclusão: as anormalidades do LAL na RM em pacientes com rotura de LCA apresentam associação significativa com os testes de Lachman e, principalmente, Pivot Shift com o paciente sob anestesia. As lesões do TIT, LCL e LCM também apresentam associação com os resultados do teste de Pivot Shift. O modelo logístico para resultado de alto grau no teste de Pivot Shift demonstrou que as anormalidades do LAL foram a única variável com associação significativa