Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Leite, Chilan Bou Ghosson |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-03042024-150206/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) gera instabilidade articular, limitações nas atividades e pode levar à osteoartrite pós-traumática, impactando negativamente a qualidade de vida dos pacientes. A cirurgia de reconstrução do LCA é o padrão-ouro para o tratamento dessa lesão, que apesar de geralmente eficaz, pode apresentar desfechos adversos em até 25% dos casos. Nesse sentido, diferentes estratégias têm sido estudadas a fim de otimizar o processo de maturação do enxerto e reduzir o índice de falhas. A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) é uma dessas potenciais estratégias, com sucesso comprovado para o tratamento de feridas de pele, porém pouco explorada no tratamento da lesão do LCA. Este estudo tem como objetivo investigar o efeito da OHB na cicatrização do enxerto após a reconstrução do LCA utilizando um modelo animal em coelhos. MÉTODOS: Coelhos machos da raça New Zealand foram submetidos à reconstrução do LCA utilizando o tendão do músculo extensor longo dos dedos como enxerto, e divididos aleatoriamente em dois grupos: o grupo OHB (n=6) e o grupo ar ambiente (n=6). O grupo OHB recebeu tratamento hiperbárico com 100% de oxigênio a 2,5 atmosferas absolutas por 2 horas diárias durante 5 dias consecutivos, a partir do primeiro dia após a cirurgia. O grupo ar ambiente permaneceu em ar ambiente durante todo o período. Doze semanas após a cirurgia de reconstrução do LCA, os animais foram sacrificados, e seus joelhos foram coletados para análise de ressonância magnética, tomografia computadorizada quantitativa periférica de alta resolução, características macroscópicas e biomecânicas. RESULTADOS: O grupo OHB apresentou melhor maturação e osteointegração do enxerto em comparação ao grupo mantido em ar ambiente, evidenciadas pela menor intensidade de sinal do enxerto, diminuição do tamanho dos túneis ósseos femorais e tibiais, e valores superiores de densidade mineral óssea. Além disso, testes biomecânicos indicaram que o grupo OHB apresentou maior força máxima de tração até a falha e rigidez mais elevada do que o grupo ar ambiente. CONCLUSÃO: O uso adjuvante da OHB após a reconstrução do LCA proporcionou melhores características estruturais do enxerto e da interface osso-enxerto na avaliação por exames de imagem, incluindo a redução do sinal do enxerto e o estreitamento dos túneis ósseos, além de aperfeiçoar as características biomecânicas do enxerto no modelo animal em coelhos. Esses resultados fornecem informações importantes sobre a aplicação clínica da OHB como uma intervenção terapêutica para melhorar a cicatrização após a reconstrução do LCA, e encorajam a realização de pesquisas adicionais nessa e em outras áreas da ortopedia |