Efeito da densidade de estocagem de peixes e do fluxo de água na qualidade de água e na sucessão do plâncton em viveiros de piscicultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Eler, Márcia Noélia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-15052018-150330/
Resumo: Realizou-se, no Centro de Pesquisa de Peixes Tropicais (CEPTA/IBAMA), em Pirassununga-SP, um experimento com o objetivo de avaliar a influência da densidade de estocagem de peixes e do fluxo diferenciado de entrada e saída de água em viveiros de piscicultura nas características físicas e químicas da água; na estrutura (composição e densidade), biomassa, sucessão e diversidade de espécies da comunidade do fitoplâncton e na composição e densidade da comunidade do zooplâncton (considerando-se apenas grupo), procurando-se avaliar o balanço de entrada e saída de materiais em viveiros, enfatizando a concentração de nutrientes, comunidade planctônica, concentração de material em suspensão e clorofila a. Além disso, procurou-se quantificar os impactos da atividade da piscicultura nos recursos hídricos, demonstrando suas interações positivas e negativas com o ambiente. Os estudos foram desenvolvidos durante 60 dias, com coletas diárias inicialmente e a cada dois dias após o peixamento, analisando-se a temperatura, pH, condutividade elétrica da água, oxigênio dissolvido, material em suspensão, nutrientes, alcalinidade, dureza, cálcio, clorofila a, comunidade zooplanctônica e fitoplanctônica. Os resultados obtidos demonstraram o efeito do fluxo de água e da densidade de estocagem de peixes sobre as características físicas e químicas da água, observando-se a redução acentuada na concentração de oxigênio dissolvido na água (valores abaixo de 2 mg/l), aumento nas concentrações de fósforo e nitrogênio, material sem suspensão e clorofila a. Em conseqüência do aumento da concentração de nutrientes, principalmente de fósforo, ocorreu um aumento na biomassa e na densidade do fitoplâncton e na densidade do zooplâncton. A redução de oxigênio dissolvido na água, associado à outras variáveis, promoveu uma mortandade de peixes no tratamento T2. A divisão Chlorophyta foi dominante no fitoplâncton nos diferentes tratamentos e o padrão de sucessão observado foi Desmidiaceae&#8594Chlorococcales&#8594Cyanophyta. Em relação ao zooplâncton, Rotifera foi dominante na fase de enchimento, sendo posteriormente substituído por Cladocera e Copepoda. Nos diferentes tratamentos foi possível observar a interação indireta do efeito cascata. O sistema de piscicultura gerou cargas potencialmente poluidoras, sendo que a ração foi a responsável pelo incremento de nutrientes na água do efluente. Em média as concentrações de fósforo foram 36 vezes maior que o permitido por lei, enquadrando o efluente dos tratamentos como impróprio para serem lançados em rio de Classe 2. Considerando-se os resultados obtidos, recomenda-se o tratamento do efluente antes do lançamento no Rio Mogi-Guassu, corpo receptor e enquadrado como rio de Classe 2.