Variação sazonal da composição taxonômica e natureza biogênica do fluxo vertical de material particulado na plataforma externa da Região Sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lins, João Vitor Heberle
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MOP
POC
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21134/tde-07112022-121835/
Resumo: A bomba biológica marinha remove CO2 da atmosfera armazenando-o em maiores profundidades durante longos períodos de tempo. A partir da fotossíntese, a biomassa excedente das redes tróficas sedimenta em forma de matéria orgânica particulada (MOP). Diversos organismos planctônicos atuam na bomba biológica, sendo uma parcela produtora de Partículas Biogênicas (Pbio), estruturas rígidas geralmente compostas por CaCO3 ou SiO4, que não sofrem degradação bacteriana. Após a morte desses organismos, o fluxo de Pbio transporta verticalmente MOP, CaCO3 e SiO4 devido ao seu lastro. A Bacia de Santos (BdS) é uma região oceanograficamente diversa, na qual fenômenos como vórtices meândricos e ressurgências sazonais mudam as condições ambientais da coluna dágua; influenciam nas comunidades planctônicas e, consequentemente, no fluxo de Pbio. Foram analisadas 16 amostras coletadas por armadilha de sedimentos, fundeada a 750 metros de profundidade após a quebra de plataforma da BdS, recolhidas quinzenalmente entre dezembro de 2016 e setembro de 2017; as Pbio identificadas foram contadas e classificadas, e o fluxo de estruturas de diferentes grupos foi calculado. O fluxo máximo de Pbio ocorreu em abril de 2017 com o valor de 289.752, 5Pbio · m-2 · d-1. Diatomáceas e dinoflagelados foram os maiores exportadores de Pbio, com fluxos médios de 57.929, 39 e 43.006, 79Pbio · m-2 · d-1 respectivamente. O fluxo médio de outros grupos como radiolários (9.556, 04Pbio · m-2 · d-1), foraminíferos (22.416, 44Pbio · m-2 · d-1), silicoflagelados (7.271, 64P bio · m-2 · d-1) e tintinídeos (9.333, 67Pbio · m-2 · d-1), foi menos intenso; entre- tanto, teve uma grande diversidade de organismos produtores de Pbio contribuintes para o fluxo vertical de MOP.